Um dos principais benefícios da substância é agir como
anti-inflamatório, sendo muito importante no combate e prevenção de algumas
doenças
O ômega 3 é um ácido graxo essencial composto por EPA (ácido
eicosapentaenóico) e o DHA (ácido docosahexaenóico), ácidos graxos
poli-insaturados, fundamentais para a saúde. Mas o nosso organismo não produz o
nutriente, por isso temos que obtê-lo através da dieta, preferencialmente de
forma natural, de fonte animal.
Os principais benefícios do ômega 3:
• Melhorar a capacidade de aprendizagem
• Reduzir a inflamação, uma vez que auxilia no tratamento de
doenças de características inflamatórias
• Melhorar a função cardíaca
• Ajudar no combate de alergias e asma
• Ajudar no combate à depressão
• Reduzir os níveis de triglicerídeos
• Fortalecer o sistema imunológico
• Ajudar na regulação hormonal
Para a nutricionista Camila Avelar, um dos principais
benefícios do ômega 3 é agir como anti-inflamatório, sendo muito importante no
combate e prevenção de algumas doenças.
“O ômega 3 faz parte de diversas membranas celulares e
participa de cascatas inflamatórias no nosso corpo, minimizando esse processo e
com isso trazendo muitos benefícios no combate a doenças cardiovasculares e
câncer”, explica ela. A nutricionista destaca também que estudos já identificam
a capacidade do ômega 3 de melhorar a composição corporal, favorecendo ganho de
massa muscular.
A maior concentração de ômega 3 é encontrada em peixes de
águas frias e profundas como o salmão, o arenque, a sardinha, o atum e a
cavala. O Guia Alimentar da População Brasileira, produzido pelo Ministério da
Saúde, recomenda a ingestão de peixe pelo menos duas vezes por semana.
As sementes e o óleo de linhaça, assim como as sementes de
chia, também são excelentes fontes de ômega 3, mas na forma de ácido alfa
linolênico (ALA), que ainda não é a forma ativa do ômega 3, mas seu consumo é
indicado, conforme explica a nutricionista Camila Avelar. “O ALA precisa ser
convertido em EPA e DHA, e o nosso organismo faz esse processo em conjunto com
cofatores da dieta para constituir enzimas para isso. Mas pessoas com dietas
restritas, como veganos e vegetarianos, terão mais dificuldade, então é
indicado que consumam através de outras fontes”, explica a nutricionista.
Teoricamente não existe uma contraindicação para o consumo de
ômega 3, mas uma não indicação em alguns casos, como o risco de sangramento e
dificuldade de coagulação, uma vez que o ômega 3 favorece uma maior fluidez do
sangue. Nesses casos, não é interessante seu consumo.
Ômega 3 x Ômega 6 – a ingestão deve ser equilibrada
O ômega 6, embora seja um importante nutriente para o
organismo, quando consumido em excesso, e havendo um desequilíbrio com o ômega
3, acaba se tornando pró-inflamatório, enquanto ômega 3 favorece a ação do
sistema imunológico e têm um efeito anti-inflamatório.
A nutricionista alerta que existe uma preocupação em relação
à proporção do consumo entre esses nutrientes, devido ao excesso de ômega 6
presente na nossa alimentação.
“Na dieta ocidental prevalece mais o consumo de ômega 6 por
estar presente em vários alimentos, como carne e produtos lácteos, mas todos os
estudos direcionados para doenças crônicas apontam na tentativa de equilibrar a
relação entre eles, uma vez que esse desequilíbrio acaba descompensando a
cascata inflamatória. Por isso, a recomendação é aumentar um pouco mais o
consumo de ômega 3”, informa Camila.
Alimentos ricos em ômega 6:
• Óleo de soja
• Óleo e semente de girassol
• Óleo de linhaça
• Óleo de canola
• Sementes de chia
• Nozes
• Amendoim
• Avelã
Fonte: Revista ABM
Tópicos:
Saúde