Luca Trapanese, italiano de 41 anos, de Nápoles, sempre
trabalhou com pessoas com deficiência e sempre quis ter a sua própria família.
Nunca desistiu disso. Gay e católico, ele adotou no ano passado Alba, uma
menina com Síndrome de Down, que tem hoje 18 meses.
Rejeitada pela Mãe biológica, mas também por duas dezenas de
famílias candidatas à adoção, Alba surgiu na vida de Luca quando tinha apenas 1
mês. A menina que ninguém queria foi, para ele, a filha desejada. Recentemente,
publicou um livro contando toda a história. O título é “Nata per Te”, ou seja,
Nascida para Ti.
Em julho do ano passado, Luca recebeu um telefone do
tribunal, a dizer que tinham uma menina para ele. Que ela se chamava Alba,
tinha 1 mês de vida, sofria de Síndrome de Down, fora abandonada pela Mãe
biológica e rejeitada 20 vezes.
Ele
disse imediatamente que sim!
E correu para o hospital para ir buscá-la. Atualmente, Alba
tem 18 meses e, segundo o pai adotivo, “é muito alegre, gosta de dançar e
brincar o dia todo, conviver com outras pessoas”. Luca explica que a chegada de
Alba revolucionou a sua vida e que hoje em dia tudo gira em torno dela.
“Ela me trouxe felicidade. Me preenche. Tenho orgulho em ser
Pai dela. A Alba nunca foi a minha segunda escolha. Queria que ela fosse a
minha filha”. Ser Pai solteiro, admite, é difícil, mas afirma: “Tenho colegas
cujos cônjuges trabalham todo o dia e passam também igualmente por muitas
dificuldades”.
O livro Nata per Te vendeu já 10 mil cópias em Itália. Agora,
Luca é presença habitual em debates e talk shows por toda a Itália. E enfrenta
o fato de muitas pessoas não concordarem que um homem solteiro, gay, possa
adotar uma criança. “A minha história e a da Alba esmaga tantos estereótipos
sobre paternidade, religião, família. Mas, no final de contas, esta é, apenas,
mais uma história de vida”.
Fonte: Papo de Pai
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