Companheira de todas as horas, cachorra se recusa a sair de perto da dona com câncer



Casados há quase seis anos, Gustavo e Vivian adotaram a cachorra Nina pouco antes do noivado.



Quando passaram a morar juntos, o casal naturalmente levou a cachorrinha para viver com eles. Com toda uma vida pela frente, eles olhavam para o futuro com natural entusiasmo e felicidade.

Infelizmente, exatos seis meses após o casamento, Vivian começou a manifestar constante fraqueza nas pernas. Entre uma entrada e outra no hospital, ela subitamente perdeu a capacidade de andar.


Após muitos exames, uma terrível notícia chegou para a família: foi encontrado um tumor de 15 cm que comprimia a sua coluna e tentava invadir o pulmão, fazendo Vivian perder os movimentos dos membros inferiores.

Consternada com toda a luta que viria a seguir, ela só conseguia pensar em como tudo aquilo também seria desgastante para o marido e para Nina.

Começou então a dura rotina de hospital e internações. O objetivo da equipe médica era descomprimir a coluna e retomar os movimentos das pernas de Vivian para depois começar a quimioterapia.

Após a cirurgia de Vivian, Nina parecia saber que a mamãe precisava de ajuda.

Achei incrível a Nina não pular, ela percebeu que a mamãe estava de andador e que precisava de cuidados, assim, grudou na Vivian e balançava o rabinho pra mostrar o amor, sem os pulos de costume”, disse Gustavo.

O apoio da família foi crucial nessa fase do tratamento.


Nesse meio-tempo, eram realizadas videochamadas entre Vivian e Nina, que animavam e entretiam a tutora em meio às sessões de quimioterapia. “Estava com muita saudade dela.”

“Aquela japonesa fofa não estava mais corada, não queria comer mais, simplesmente estava se entregando. Para a minha sorte, a Dra Silvana, [oncologista que acompanhava Vivian], a autorizou a descer do quarto para ficar com a Nina em uma área externa pertencente ao hospital”, diz Gustavo.
“A Vivian chorava de alegria, a Nina estava tão feliz que não se continha, chorava em meio a lambidas e esfregões nas pernas da mamãe”, diz Gustavo.

Essa melhora psíquica de Vivian foi notada pelos médicos e enfermeiros do hospital, e assim, ela passou a ter mais contato com a cachorra nas épocas de quimioterapia e nas internações.

“Vale frisar que a Nina passava mal ao ver eu e a Vivian fazendo as malas para as internações, ela ficava muito triste e tinha que tomar remédios”, acrescenta Gustavo.

Finalmente, o tratamento chegou ao fim em junho de 2015, após um ano de cirurgias (coluna, pulmão), quimioterapias e radioterapias. Gustavo diz que nunca ninguém da família sugeriu ao casal doar Nina. Havia até disputa para cuidar da Nina, pois quando Vivian internava, Gustavo dormia no hospital para cuidar e motivar a esposa.

“Meu irmão Guilherme que cuidou da Nina em todas internações e era responsável pela videoconferência! E ah se não fizesse! A Vivian sairia de cadeira de rodas até a casa dele para dar umas porradas”, diz Gustavo.

Tudo acabou bem: Gustavo e Vivian trabalham normalmente, enquanto Nina ganhou mais duas irmãzinhas, Lana e Maya.

Há alguns meses, Nina foi homenageada com uma tatuagem. “Nunca vamos esquecer de todo amor que ela nos deu”, diz Gustavo.
Atualmente com 9 anos de idade, Nina começou a ficar cega de um olho devido à catarata.

Agora, é a vez dos seus amorosos donos darem a ela toda a assistência necessária para sua cura.

“Nina, te amamos mais que tudo, mais do que a nós mesmos. Nossa eterna filha”, essa foi a frase que o casal quis deixar como agradecimento à sua fiel cadelinha. Lindo demais, né?


Fonte: Catioro Reflexivo/Foto: Arquivo pessoal


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