Doméstica morre após ser esfaqueada por ex na frente das filhas de 5 e 6 anos na Bahia

Suspeito de atacar Jenilde de Jesus Pinheiro na noite de Natal, Anselmo dos Santos Reis está foragido


“Ele só chegava em casa embriagado e sob efeito de entorpecentes, sempre transtornado, ameaçando que ia matar todo mundo. Minha irmã foi tomando medo e se separou”.

O caso vai ser investigado pela Polícia Civil.

“Minha irmã era uma pessoa bastante amigável, onde chegava ela deixava amor. É um momento muito difícil, de muita dor, principalmente por que duas crianças vão ficar sem mãe. Nós queremos que as pessoas olhem para a foto de Jeny e não vejam só uma imagem. Outras mulheres podem estar precisando dessa ajuda urgente para não ser mais uma vítima como minha irmã foi”, lamenta.

Outros casos

A morte de Jenilce se soma a outros três casos de feminicídio registrados desde o início do mês de dezembro. No último dia 10, João Miguel Pereira Martins, o DJ Frajola, foi encontrado morto dentro de um apartamento no bairro do Caminho das Árvores depois de assassinar a sua ex-namorada, a estilista Tatiana Fonseca, que foi surpreendida quando estava saindo do apartamento onde morava, na Pituba.

No dia seguinte, 11 de dezembro, o prefeito do município de Conceição de Feira, Raimundo da Cruz Bastos, o Pompílio, foi encontrado morto ao lado da esposa, Elba Rejane Silva. A Polícia Civil está investigando o crime e a suspeita é de que ele tenha tirado a própria vida após assassinar a mulher.

O terceiro caso foi registrado no dia 20, quando a jovem Karoline Almeida de Oliveira, 23 anos, foi morta, na rua Irênio Souza, bairro de Sussuarana Velha. O suspeito é o marido de Karoline, Gideon Campos de Oliveira. Ele teria matado a esposa com tiros antes de cometer suicídio com a mesma arma.

Com base em um levantamento nacional feito pelo Instituto AzMina, nos primeiros seis meses de pandemia, 49 mulheres foram vítimas de feminicídio na Bahia, colocando o estado na terceira posição do ranking com maior número de mortes atrás somente dos estados de São Paulo, com 79 óbitos, e Minas Gerais, com 64, respectivamente. Neste período do monitoramento feito em 19 estados, 497 mulheres foram assassinadas no país, o equivalente a uma morte a cada nove horas.

Há três dias, a juíza carioca Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, 45 anos, foi morta pelo ex-marido Paulo José Arronenzi, 52 anos, na véspera de Natal. Viviane e Paulo com ficaram casados por 11 anos. Paulo José foi deixar as três filhas com Viviane, uma menina de 9 anos e gêmeas de 7, no condomínio em que a juíza morava, na Barra da Tijuca. Quando ela foi pegar as garotas, ele a esfaqueou.

O vídeo que circula em redes sociais mostra que as crianças estavam presentes no momento, inclusive, uma delas grita repetidamente pedindo para o pai pare de esfaquear a mãe. Viviane morreu no local. Paulo ficou ao lado do corpo e foi preso em flagrante, sendo levado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DH).

O monitoramento feito pelo AzMina integra a série “Um vírus e duas guerras”, que vai levantar os casos de feminicídios e de violência doméstica até o final deste ano. De acordo com o instituto, o objetivo é “dar visibilidade a esse fenômeno silencioso, fortalecer a rede de apoio e fomentar o debate sobre a criação ou manutenção de políticas públicas de prevenção à violência de gênero no Brasil”.

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