A investigação usou uma
tecnologia apelidada de ressonância magnética funcional
Um
investigador da Universidade do Minho, em Portugal, concluiu que consumidores
de café têm melhor controle motor, maiores níveis de atenção e alerta e que a
cafeína tem "benefícios na aprendizagem e na memória", divulgou hoje
a instituição.
Em comunicado enviado à Lusa,
a Universidade aponta que o estudo, liderado pelo investigador do Instituto de
Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) Nuno Sousa e publicado na
revista Molecular Psychiatry, "oferece uma perspectiva única nas mudanças
estruturais e de conectividade que acontecem no cérebro de quem bebe café
regularmente".
O também presidente da Escola
de Medicina da Universidade do Minho percebeu que, quando em repouso, quem bebe
café com regularidade tem "um reduzido grau de conectividade em duas áreas
do cérebro (conhecidas como precuneus direito e insular direito), indicando
efeitos como uma melhoria no controle motor e nos níveis de alerta (ajudando na
reação ao estímulo) em comparação com quem não bebe café".
A investigação encontrou
"padrões de maior eficiência noutras áreas do cérebro, como o
cerebelo", consistente com efeitos "como a melhoria do controle
motor" e "uma maior atividade dinâmica em várias áreas do
cérebro" a que se junta "uma notória melhoria" na aprendizagem e
na capacidade de memória.
"Esta é a primeira vez
que o efeito de beber café regularmente tem na nossa rede cerebral é estudado
com este nível de detalhe. Fomos capazes de observar o efeito do café na
estrutura e na conectividade funcional do nosso cérebro, bem como as diferenças
entre quem bebe café regularmente e quem não bebe em tempo real. Estas
conclusões podem, pelo menos em certa medida, ajudar a oferecer uma visão
mecanicista para alguns dos efeitos observados", explica no texto Nuno
Sousa.
As diferenças no cérebro, observadas
em quem bebe café regularmente, foram também notadas num grupo de pessoas que
não bebem café após consumirem um copo daquela bebida: "Este indicador é
surpreendente, demonstrou uma capacidade do café em impor mudanças em curtos
períodos de tempo e torna o café o gatilho dos efeitos", refere o texto.
A investigação usou uma
tecnologia apelidada de ressonância magnética funcional (fMRI, na sigla
inglesa) para comparar a estrutura e conectividade no cérebro de um grupo de
pessoas que bebe café diariamente com a de um grupo de pessoas que não bebe
café.
O projeto é apoiado pelo
Institute for Scientific Information on Coffee.
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