Menino de 3 anos morreu na
última segunda feira após ser encontrado com sinais de espancamento em
apartamento em SP
A tia-avó do menino Gael
de Freitas Nunes, de 3 anos, abriu a porta do apartamento onde aconteceu o
crime na última segunda-feira (10), na região dos Jardins, área nobre de São
Paulo, e relatou para equipe do Cidade Alerta como foram os
últimos momentos da criança e a afirma que quando o resgate chegou, já
"não tinha mais esperança" do garoto estar vivo.
Dona Maria conta que ouviu barulhos
na cozinha do apartamento e foi até o cômodo. Lá, encontrou a torneira aberta e
o Gael no chão. "Na hora que peguei ele do chão, já tinha certeza [que
estava morto]. Só fiquei quieta para minha filha não ficar desesperada, mas eu
tinha certeza, porque coloquei a mão no nariz e estava sem respiração, coloquei
a mão no coração, estava parado".
A tia-avó levou o garoto para
o quarto, acionou o resgate e começou a seguir as orientações dos profissionais
no telefone. Depois, equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)
e da Polícia Militar chegaram no apartamento.
A mãe de Gael, que conforme as
apurações iniciais, estava em estado de choque, se trancou no banheiro, onde
ainda está tudo jogado pelo chão. Os policiais militares, após tentarem contato
com a mãe que estava trancada, precisaram arrombar a porta, e a marca dos
sapatos também seguem no local.
O caso
O menino Gael morreu com
sinais de agressão na última segunda-feira (10). A mãe foi presa em flagrante e
é a principal suspeita pelo crime. O caso ocorreu na Alameda Joaquim Eugênio de
Lima, na Bela Vista, durante o período da manhã. A Polícia Militar foi acionada
por volta das 12h.
A 1ª Delegacia de Defesa da
Mulher (DDM) registrou o caso como homicídio qualificado consumado com emprego
de meio insidioso ou cruel, ou que resulte em perigo comum, e indiciou a mãe de
Gael.
Nesta terça-feira (11), o
TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) atendeu o pedido da Polícia
Civil e converteu em preventiva a prisão da mãe do menino
O boletim de ocorrência foi
realizado com base em oito relatos de testemunhas, além do da indiciada, com
acréscimo de dados dos laudos periciais. A tia-avó do garoto Gael, de 73 anos,
contou que deu mamadeira para a criança por volta das 9h e os dois ficaram na
sala assistindo televisão.
Pouco depois, Gael foi para a
cozinha, onde estava a mãe. A tia-avó permaneceu na sala e a irmã do menino, de
13 anos, estava no quarto. A tia-avó contou que ouviu a criança chorar, mas
pensou que ele queria o colo da mãe, como era comum. Ela chamou, então, Gael
para voltar a assistir desenho, mas a mãe respondeu que o filho iria ficar na
cozinha.
Cerca de cinco minutos depois
a idosa escutou barulhos fortes de batidas na parede, mas achou que o som era
de outro apartamento. A tia-avó relatou que logo depois o menino parou de
chorar.
Ainda de acordo com a tia-avó,
cerca de 10 a 15 minutos depois, ela ouviu o barulho de vidros estilhaçando,
foi até a cozinha e encontrou o menino no chão, coberto com uma toalha de mesa,
em meio a uma poça de vômito. A mãe estava ao seu lado. Ela perguntou para a
mãe o que tinha acontecido com Gael, mas a mulher, que parecia estar em estado
de choque, não disse uma única palavra.
A tia-avó pegou a criança no
colo e o levou até o quarto do garoto. Ela trocou a roupa dele e a fralda, que
estava suja de fezes, e pediu que a irmã acionasse o resgate. Equipes do Samu
foram acionadas para uma ocorrência de parada cardíaca de criança.
Os médicos entraram pela porta
lateral do apartamento, que dá acesso à cozinha, onde encontraram a mãe. A
mulher estava sentada em uma cadeira no canto do cômodo, com a cabeça baixa. A
irmã conduziu os médicos até o quarto de Gael, que estava com a tia-avó,
deitado num colchão no chão.
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