Câncer anal: conheça os sintomas e como se prevenir da doença

O câncer anal, em geral, é mais prevalente em pessoas entre 50 e 60 anos, em especial as mulheres

 

O câncer anal é raro e representa de 1 a 2% de todos os tumores do aparelho digestivo | Foto: Reprodução


O câncer é uma das doenças que mais tiram vidas no mundo. Dos diversos tipos de neoplasias que acometem a população, o câncer no ânus, também chamado de câncer anal, é um tipo raro caracterizado por sangramento e dor, principalmente, durante a evacuação.

De acordo com o médico Marcelo Silva, especialista em câncer anal, esse tipo de câncer é mais frequente no público feminino e abaixo de 44 anos, que praticam sexo anal ou que estão infectados pelo vírus HPV e do HIV. O especialista explica que a melhor forma de prevenção é o sexo seguro com preservativo e a realização frequente dos exames de rotina, principalmente quem tem histórico familiar.

"Precisa estar alerta aos principais sintomas que são: coceira, dor, e sangramento. O diagnóstico é feito através do exame físico, anuscopia, retossigmoidoscopia flexível e biópsia. O tratamento vai depender do tipo histórico. O Adenocarcinoma é cirúrgico, o carcinoma espinocelular e radioterapia e quimioterapia. Mas o estilo de vida que você leva é muito importante também, sempre se proteger durante as relações sexuais, e fazer exames periódicos de rotina depois dos 30 anos, especialmente quando se tem histórico familiar"

Marcelo Silva, especialista em câncer anal.

Dados

Em um estudo, o Dr Nakajima mostra que no Brasil a faixa etária de maior incidência é entre 60 e 64 anos, sendo 4 mulheres para cada 2 homens acometidos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o tumor de canal anal representa 1 a 2% e a principal causa é o HPV, transmitindo durante o ato sexual sem proteção. 

Ainda conforme Inca, os dados mais atuais são de 2019, uma vez que não há estimativa de novos casos disponíveis. No país, em 2019, foram registrados 893 mortes por esse tipo de câncer, sendo 393 homens e 500 mulheres.

Já no Amazonas, conforme a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas informou ao Em Tempo, os dados mais recentes disponíveis são de 2018, com o registro de 30 casos, sendo três no ânus e 27 no canal anal. Não há especificações de sexo ou idade dos afetados com o diagnóstico positivo da doença.

A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) explica que o tratamento para câncer anal pela Fundação "depende do quanto o tumor tenha se espalhado, o que será avaliado pelo diagnóstico. O tratamento pode ser clínico e/ou cirúrgico. O mais utilizado é a combinação de quimioterapia e radioterapia", informou a FCecon por meio de nota enviada à reportagem.

Depoimento

O gerente de vendas, Wagner Oliveira, 33 anos, foi acometido pelo câncer anal. Ele também tinha predisposição genética. Ele comemorou também a descoberta precoce da doença, fato que o levou ao tratamento mais rapidamente e cura da neoplasia.

“Eu comecei a ter uns desconfortos abdominais e achava que isso era comum, por conta da má alimentação e fui deixando passar. Um dia eu passei muito mal e precisei ir às pressas para o hospital, depois disso busquei fazer exames e foi quando descobri o câncer, fiquei desolado”, detalhou Oliveira.

Wagner conta que foi até um hospital particular e fez a cirurgia. “Graças a Deus estou agora em tratamento da obesidade, fazendo exercícios e levando uma alimentação mais saudável. Eu tive essa sorte né, mas muitas pessoas, que não têm acesso a planos de saúde como eu, não conseguem descobrir cedo a doença e acabam morrendo”, afirmou o gerente de vendas.

PUBLICIDADE


Enfim, gostou das nossas notícias?

Então, nos siga no canal do YouTube, em nossas redes sociais como o Facebook, Twitter e Instagram. Assim acompanhará tudo sobre Cidade, Estado, Brasil e Mundo.

O conteúdo do Macajuba Acontece é protegido. Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa produção.






Postar um comentário

0 Comentários