Um caso suspeito está no Ceará e outro em Santa Catarina. Um terceiro caso, que pode ser suspeito, está sendo monitorado no Rio Grande do Sul.
Imagem de microscópio mostra vírus causador da varíola do macaco — Foto: Cynthia S. Goldsmith, Russell Regner/CDC via AP |
O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (30), que
foi notificado sobre dois casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil. Um
caso suspeito está no Ceará e o outro, em Santa Catarina. Um terceiro caso, que
pode ser suspeito, está sendo monitorado no Rio Grande do Sul.
Segundo a pasta, os pacientes "seguem isolados e em
recuperação, sendo monitorados pelas equipes de vigilância em saúde. A
investigação dos casos está em andamento e será feita coleta para análise
laboratorial".
Caso monitorado no Rio Grande do Sul
Um terceiro caso, que pode vir a ser classificado como suspeito,
está sendo monitorado no Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Saúde.
"A reavaliação está sendo feita de acordo com os
critérios de definição. Até o momento, não há confirmação do rumor como caso
suspeito", disse a pasta.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul afirmou que está investigando "um indivíduo com história de viagem", mas o caso ainda está sendo discutido com o Ministério da Saúde – isso porque, segundo o órgão estadual, "a pessoa tem outro diagnóstico confirmado. Isso a princípio descartaria o caso. Então, não temos a definição se vai entrar como caso suspeito, pois ainda está em investigação".
Sintomas e transmissão
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser
febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos)
inchados, calafrios e exaustão.
"Depois do período de incubação [tempo entre a infecção
e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica,
com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço,
perda de apetite, prostração", explica Giliane Trindade, virologista e
pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG).
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da
febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto
e se espalhando para outras partes do corpo.
"O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de
lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar
primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola
dos pés", completa Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos
macacos.
0 Comentários