Organização disse que mais casos sem vínculo direto com a
África Ocidental e Central devem ser confirmados nos próximos dias.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que espera
identificar mais casos de varíola dos macacos à medida que expande a vigilância
em países onde a doença normalmente não é encontrada.
Até sábado (21), 94 casos haviam sido confirmados e 28 casos
suspeitos de varíola foram relatados em 15 países que não são endêmicos para o
vírus, disse a agência da ONU.
A organização acrescenta que vai fornecer mais orientações e
recomendações nos próximos dias sobre como diminuir a propagação da doença.
Varíola dos macacos causa coceira dolorida, que provoca lesões, mas a tendência é de que o quadro seja leve e acabe em poucas semanas — Foto: CDC/Associated Press
"As informações disponíveis sugerem que a transmissão de
humano para humano está ocorrendo entre pessoas em contato físico próximo com
casos sintomáticos", acrescentou a agência.
A varíola dos macacos é uma doença infecciosa que geralmente
é leve e endêmica em partes da África Ocidental e Central. É espalhada por
contato próximo, e pode ser contida com relativa facilidade por meio de medidas
como isolamento e higiene.
"O que parece estar acontecendo agora é que ela entrou
na população como uma forma sexual, como uma forma genital, e está se
espalhando assim como as infecções sexualmente transmissíveis, o que amplificou
sua transmissão em todo o mundo", disse David Heymann, funcionário da OMS
e um especialista em doenças infecciosas, à Reuters.
Heymann disse que um comitê internacional de especialistas se
reuniu por videoconferência para analisar o que precisava ser estudado sobre o
surto e comunicado ao público, incluindo se há disseminação assintomática, quem
está em maior risco e quais as vias de transmissão.
O comitê, no entanto, não é o grupo que sugere declarar uma
emergência de saúde pública de interesse internacional, a maior forma de alerta
da OMS – e que foi aplicado à pandemia de Covid-19.
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