Carolina Mendes estuda em Israel desde os 14 anos e estava na
ativa como soldado quando começou a guerra contra o grupo terrorista Hamas.
A brasileira Carolina Mendes, de 20 anos, nasceu no Ceará e
foi morar em Israel aos 14 anos para estudar. Carol é soldado do exército
israelense e não tem pretensão de voltar ao Brasil. A jovem atua na equipe de
resgate e estava de folga no dia do ataque do Hamas a Israel, na base militar
na Faixa de Gaza.
No país, o alistamento é obrigatório também para mulheres a
partir dos 18 anos. Carol também já morou em São Paulo e está em Israel desde a
adolescência. Ao se alistar para o serviço militar obrigatório, ela conseguiu a
cidadania israelense.
A brasileira Carol Mendes, de 20 anos, defende o exército israelense como combatente — Foto: Arquivo pessoal |
"Terminando o 3º ano, ela tinha a opção de voltar ou não
(para o Brasil). Mas como ela já tinha duas irmãs lá, a Bianca e a Renata, ela
resolveu ficar. Ela se alistou ao Exército, ela já está há quase dois anos no
Exército", diz a mãe da militar, Izabel Mendes.
Izabel conta que a filha criou um grupo de WhatsApp para
manter contato com a família e se comunica sempre que pode. "Em todo
contato eu sempre digo eu te amo, é importante sempre dizer que amo",
conta a mãe.
"A gente brinca que a Carol testa o nosso coração o
tempo inteiro. Ela podia servir cafezinho ou fazer qualquer serviço
burocrático, mas ela não quis. Ela quis ser uma soldado e foi treinar para
isso. Ela faz parte da equipe de resgate. Ela é chamada em qualquer terremoto
muito grave, ela é chamada para fazer o resgate de vítimas debaixo de
escombros", relata Izabel.
Desde o início do conflito, Carolina tem se deslocado para
outras bases militares. Izabel repassa as mensagens de que a filha se mostra
bastante segura e determinada em defender o país. "Ela foi escolher
ajudar, ela foi escolher estar na frente", partilha a mãe de Carolina em
mensagem de áudio.
O pai de Carol, Alessandro Barreto, afirma que admira a
militar pela bravura: "Nem eu teria essa coragem".
Filha de pai brasileiro e mãe israelense, Carol Mendes mora em Israel desde os 15 anos. — Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução |
O que aconteceu até agora?
▶️
Como foi o ataque? As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza,
de onde Hamas lançou 5 mil foguetes.
- Por
terra, ar e mar, com motos e parapentes, homens armados invadiram o
território israelense pelo sul do país.
- Houve
relatos de que os invasores atiraram em pessoas que estavam nas ruas e
sequestraram dezenas de israelenses (incluindo mulheres e crianças),
levados como reféns para Gaza.
▶️
Como foi a resposta de Israel? Diante da ofensiva do Hamas, o governo
israelense iniciou uma retaliação e bloqueou as fronteiras da Faixa de Gaza,
impedindo a entrada de alimentos, eletricidade, água e combustível.
- "Estamos
em guerra e vamos ganhar", disse o primeiro-ministro de Israel,
Benjamin Netanyahu, logo após o ataque.
- "O
nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu."
- Ainda
em 7 de outubro, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.
- O
ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou na segunda-feira (9) que Gaza
“não receberia eletricidade, nem alimentos, nem água, nem combustível”. As
fronteiras da Faixa de Gaza foram bloqueadas.
▶️
Quantas pessoas morreram? O balanço mais recente das autoridades locais
indicava, na manhã de quarta-feira, que mais de 2.700 pessoas morreram. A ONU
estima que mais de 338 mil pessoas foram deslocadas em Gaza desde sábado (7).
A brasileira Carol Mendes em visita ao Mar Morto em maio de 2022 — Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução |
▶️ O
que é e onde fica Faixa de Gaza? É o território palestino localizado em um
estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.
- Marcado
por pobreza e superpopulação, tem 2 milhões de habitantes morando em um
território de 360 km².
- Para
se ter uma ideia desse tamanho em comparação com cidades brasileiras, o
território é um pouco maior que o da cidade de Fortaleza (312,4 km²) e menor que o de Curitiba
(434,8 km²).
- Tomada
por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em
2005, Gaza vive um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos
de fronteira.
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