Suspeito sugeriu ao delegado, em
conversa informal, que eles se apropriassem do dinheiro que havia na conta
bancária da vítima. Homem foi autuado por corrupção ativa.
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Instituto Médico Legal da Polícia Científica — Foto: Diomício Gomes/O Popular |
Um perito do Instituto Médico Legal
(IML) foi preso após sugerir a um delegado que eles transferissem dinheiro do
celular de uma estudante de medicina que morreu em Mineiros, no sudoeste do
estado, para a conta dele.
De acordo com a Polícia Civil, o
suspeito contou ao delegado, enquanto jantavam em uma pizzaria, que havia
mexido no celular da estudante e sugeriu que eles se apropriassem do dinheiro
que estava na conta dela.
Como não teve o nome divulgado, o
g1 não conseguiu contato com a defesa do perito. Em nota, a Polícia Técnico
Científica informou que o servidor foi afastado de suas atividades e que o caso
está em âmbito criminal. A nota afirma ainda que os fatos serão apurados pela
corregedoria da polícia e que não tolera nenhuma conduta ilícita de seus
integrantes.
A prisão aconteceu na última
quinta-feira (5). Segundo a polícia, enquanto comiam, o delegado e alguns
peritos do IML começaram a conversar sobre a morte da estudante e que, durante
o assunto, o suspeito informou que mexeu no celular da vítima. Ainda durante a
conversa, o perito informou ao delegado que a vítima tinha R$ 6 mil e perguntou
se seria errado fazer a transferência do valor para eles.
Ainda segundo os relatos, o
delegado informou que o ato era ilegal e que o dinheiro deveria ser destinado
aos familiares da vítima. Após a conversa, o investigador, juntamente com outro
agente policial, foram até o IML e pediram para que o perito mostrasse o
celular da vítima e suas contas bancárias, momento em que constaram ter apenas
o valor de R$ 1 mil na conta.
"Eu só vou saber se ele
realmente fez as tranferências quando a juíza me autorizar a mexer no
celular", disse Thiago Escandolhero, delegado responsável pelo caso.
O suspeito foi conduzido à
delegacia e recebeu voz de prisão por corrupção ativa, por oferecer vantagem
indevida a um funcionário público, nesse caso, ao delegado. Se comprovado que
houve as tranferências do dinheiro da estudante para ele, o servidor poderá
responder pelo crime de peculato. O perito foi afastado de suas funções no IML.
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