João das Graças Pachola, de 54 anos, confessou ter matado Stefany Vitória Teixeira Ferreira, de 13. Corpo da vítima foi encontrado dois dias depois de ter sido vista pela família pela última vez.
A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta terça-feira
(25) imagens do circuito de segurança que mostram a adolescente Stefany Vitória
Teixeira, de 13 anos, sendo perseguida pelo pastor João das Graças Pachola, de 54
anos, momentos antes de desaparecer, em 9 de fevereiro.
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Pachola, que era vizinho da vítima, confessou ter matado a
adolescente e ocultado o corpo. Ele foi preso em flagrante dois dias após o
crime.
A investigação confirmou que Stefany foi filmada por câmeras
de segurança enquanto fazia o percurso da casa onde morava com a família até a
casa de uma amiga, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.
“Encontramos a conversa dela com a amiguinha combinado de se
encontrarem para de lá voltarem para a casa da Stefany e irem juntas para a
escola no dia seguinte, que era o primeiro dia de aula. A distância entre a
casa delas era de aproximadamente 1,5 quilômetro”, disse o delegado.
De acordo com o delegado Marcus Vinícius Rios, as gravações
não mostram o momento em que ela entrou no veículo, modelo HB20 cor grafite,
por ausência de câmeras.
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“[Por meio das imagens] conseguimos perceber que o veículo do
investigado [pastor João Pachola] passa um pouquinho antes dela, depois ele
passa novamente, deixando bem claro que ele deu uma volta na rua e voltou a se
encontrar com ela. Como ele conseguiu convencer ela a entrar no veículo é um
incógnita para nós. Só ele pode dizer. Mas ele, que confessou a prática do
homicídio e levou a equipe de pessoas desaparecidas até o corpo, ficou em
silêncio quando formalizar o depoimento”, disse o delegado.
Ainda não há confirmação de houve abuso sex*al. Conforme a
Polícia Civil, laudos “cruciais” ainda estão pendentes.
Stefany Vitória Teixeira Ferreira — Foto: PCMG/Divulgação |
Relação
A mãe de Stefany disse à polícia que a adolescente tinha
uma boa relação com o pastor. Para a polícia, é provável que ela tenha
consentido entrar no carro em troca de uma carona.
“[Stefany e João Pachola] tiveram um convívio bastante longo,
de igreja, de frequentar inclusive a casa para poder fazer atividades
religiosas, o que inclusive nos levou a entender que se tratava não de um mero
crime de homicídio, mas sim de feminicídio”, disse o delegado.
Indiciamento
Pachola foi indiciado por ocultação de cadáver, crime
que gerou a prisão dele em flagrante. Também foi indiciado por crime de
feminicídio e ainda crime de homicídio com a qualificadora da asfixia, uma vez
que ele mesmo confirma que a matou por asfixia. Há ainda o agravante pela
idade da vítima, que era menor de 14 anos. “A pena pode passar aí
tranquilamente de 40, 50 anos”, informou o delegado. Créditos: g1
João das Graças Pachola, suspeito de matar adolescente na Grande BH — Foto: Redes sociais |