Animal debilitado está sob cuidados no CRAS de Campo Grande (MS); a onça não deverá retornar à região onde foi capturada
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Após a reabilitação completa, a onça não deverá retornar à região onde foi capturada (Foto: Saul Schramm/Secom) |
O animal, um macho adulto da espécie onça-pintada, chegou ao
CRAS na última quinta-feira (24) com apenas 94 quilos, quando o esperado para
um animal de seu porte seria cerca de 120 quilos.
O que aconteceu com a onça que matou caseiro?
A onça vem sendo submetida a uma dieta proteica rigorosa,
recebendo 7 quilos de carne por dia, entre cortes de peixe, frango e bovinos.
Segundo os veterinários, o animal “tem comido de tudo”.
Apesar da melhora no apetite, os exames indicaram alterações
hepáticas e renais, além de um quadro leve de anemia e sinais de
gastroenterite, inflamação no sistema digestivo que ainda está sob
investigação.
O laudo médico revelou que as alterações observadas não
apontam falência dos órgãos, conforme havia sido divulgado anteriormente, mas a
situação exige monitoramento contínuo.
Tentativa de novo ataque em recinto
No quarto dia de internação, segundo boletim divulgado na
segunda-feira (28), o animal reagiu à presença humana de forma hostil,
mostrando-se alerta e agressivo, o que levou a uma tentativa de ataque dentro
do recinto.
Após a reabilitação completa, a onça não deverá retornar à
região onde foi capturada, três dias após o ataque fatal ao caseiro. O destino
do felino continua sendo definido.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio), a decisão será tomada em conjunto com a Secretaria de
Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação
(Semadesc). O felino pode ser transferido para um novo habitat provisório ou
definitivo, mas tudo depende dependendo da evolução clínica e comportamental do
animal.
Crédito: RIC Mais