Nutricionista revela os sinais do estresse silencioso que muitos ignoram, como dores, insônia e baixa imunidade. Veja se você se identifica
![]() |
Tontura e confusão mental podem ser sinais de estresse silencioso – Foto: Getty Images/ND |
Você se considera uma pessoa calma, mas vive com dores de
cabeça, problemas digestivos ou resfriados frequentes? Esses podem ser sinais
de estresse que seu corpo manifesta, mesmo que sua mente não perceba.
A nutricionista Patricia Leite alerta para o perigo do
“estresse silencioso”, um estado crônico que, em vez de “explodir” em raiva ou
irritação, “implode”, causando sofrimento calado e sérios prejuízos à saúde.
Muitas pessoas não associam sintomas físicos persistentes a
um quadro de estresse crônico, mas o corpo encontra maneiras de sinalizar que
algo não vai bem. No vídeo abaixo, a especialista detalha os principais
sintomas para que você possa identificá-los e buscar ajuda. Confira:
Diferença entre estresse explosivo e silencioso
Enquanto algumas pessoas reagem ao estresse com explosões de
humor, outras internalizam a pressão. O estresse silencioso é
característico de quem guarda os problemas para si. Aparentemente calmas por
fora, essas pessoas estão em um estado constante de “luta ou fuga” por dentro,
o que desgasta o organismo de forma contínua e perigosa.
Os 9 sinais do estresse silencioso que você precisa conhecer
A nutricionista Patricia Leite lista os principais sintomas
físicos e psicológicos que podem indicar um quadro de estresse crônico.
Veja se você se identifica com algum deles:
1. Sensação constante de inquietação
Sentir-se sempre “correndo contra o relógio”, com a impressão
de ter um dever inacabado e a incapacidade de relaxar de verdade, mesmo em
momentos de lazer. Isso pode ser um sinal de cortisol elevado.
2. Tensão muscular e dores inexplicáveis
Dores de cabeça frequentes, dor no maxilar (devido ao bruxismo),
nos ombros ou nas costas são comuns, pois o corpo permanece contraído.
3. Arritmia e palpitações no coração
O estresse desregula o sistema nervoso autônomo, o que pode
causar taquicardia ou a sensação de aperto no peito, mesmo em repouso. “O
estresse desregula o sistema nervoso autônomo, acelerando o ritmo cardíaco e
criando um conflito no organismo que dificulta a regularização do coração,”
explica a especialista.
4. Pressão alta (hipertensão)
Muitas vezes, a pressão arterial sobe sem uma causa aparente,
mesmo em pessoas com estilo de vida saudável. Isso ocorre pela liberação de
hormônios como adrenalina e cortisol.
5. Imunidade baixa
Ficar doente com frequência é um dos sinais de
estresse mais clássicos. Resfriados, gripes mensais, candidíase ou
infecções urinárias de repetição indicam que o sistema imunológico está
suprimido.
6. Problemas digestivos
O intestino é extremamente sensível ao estresse, podendo
manifestar constipação, diarreia ou sintomas da Síndrome do Intestino
Irritável.
7. Aumento da vontade de comer doces
O corpo estressado busca energia rápida (glicose) para se
preparar para a “luta ou fuga”. Isso intensifica o desejo por açúcar, chocolate
ou outros carboidratos simples.
8. Risco aumentado de doenças autoimunes
O estresse crônico pode levar o sistema imunológico a
atacar o próprio corpo, aumentando a chance de desenvolver condições como
lúpus, tireoidite de Hashimoto e diabetes tipo 1. “Lembra que o açúcar é um
alimento que é pró-inflamatório… pode fazer com que a gente tenha síndrome
metabólica, resistência a insulina quando consumido em excesso,” alerta a
nutricionista, conectando o desejo por doces a um ciclo inflamatório.
9. Confusão mental e “brain fog” (névoa
mental)
Dificuldade de concentração, problemas de memória,
dificuldade para terminar frases ou uma sensação geral de “névoa mental”
são sintomas de estresse crônico que afetam a função
cognitiva.
O que fazer ao identificar os sinais?
Reconhecer esses sinais é o primeiro e mais importante passo.
O estresse silencioso não deve ser ignorado. A recomendação da
especialista é clara: procure ajuda profissional. Psicólogos e psiquiatras são
os profissionais mais indicados para ajudar a gerenciar as causas do estresse e
desenvolver estratégias para lidar com ele de forma saudável, protegendo seu
corpo e sua mente dos seus efeitos devastadores.
Fonte: ND Mais