Criança de 8 anos vende recicláveis para sustentar família: “Gosto de pegar recicláveis pra vender e comprar comida.”

Isaque tem 8 anos. Mas fala como adulto. Age como adulto. Carrega sacolas e arames por aí em busca de recicláveis — pra ver se dá pra comprar o almoço. Depois volta, e vai de novo, pra tentar garantir a janta.

Ele mora com a mãe, os irmãos e o primo adotado numa ocupação em Mossoró – RN. A casa onde vivem é alugada e chove mais dentro do que fora. Não tem banheiro. Fazem as necessidades no mato.

A mãe, Aldineide, não pode trabalhar fora porque cuida do sobrinho de 3 anos, autista e com crises constantes. Ela adotou o menino depois que a irmã, dependente química, perdeu as condições de cuidar. Mesmo sem ter estrutura, ela acolheu.

Isaque ajuda como pode. Pega recicláveis com a irmã Maria Eduarda, de 9 anos. “Pra comprar comida”, ele diz. Aliás, tudo ele fala em comida.

Quando perguntamos o que ele mais gosta de fazer, ele respondeu sem pensar:

“Gosto de pegar recicláveis pra vender e comprar comida.”

Essa frase resume tudo. É o retrato de uma infância arrancada.

Eles comem cuscuz com mortadela quando conseguem. Não estão estudando porque não conseguiram vaga. E mesmo assim, o Isaque sonha com a escola. Pergunta sempre quando vai voltar. Ele queria uma mochila do Sonic.

A mãe sabe costurar e quer uma máquina pra trabalhar em casa e poder continuar cuidando da criança menor. Mas hoje, mal conseguem manter o aluguel com o Bolsa Família.

A vaquinha é para ajudar a família do Isaque a comprar uma casa e garantir dignidade. Uma casa com banheiro, com teto que não molha dentro, onde as crianças possam crescer sem medo.

Também vamos comprar uma máquina de costura pra que a mãe possa ter renda sem abandonar o cuidado com o filho.

O Isaque não tinha que saber o preço do ferro velho. Ele tinha que saber o gosto de uma bolacha.

Para ajudar o garoto acesso o site vooa.me clicando aqui.

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