Igor Eduardo Cabral, 29 anos, agrediu vítima com 60 socos e está preso desde sábado (26) em Central de Recebimento e Triagem, na Grande Natal. Secretaria tem 48 horas para responder solicitação.
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| Reprodução Instagram / Reprodução Redes Sociais |
A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap)
confirmou nesta quinta-feira (31) que a defesa do ex-jogador de basquete
que espancou a namorada no elevador de um condomínio em Natal enviou
solicitação para que ele fique em uma cela isolada de outros presos. Igor
Eduardo Cabral está detido na Central de Recebimento e Triagem (CRT) de
Parnamirim, na Grande Natal, e, atualmente, divide cela com outros presos.
A Seap tem o prazo de 48 horas para responder a solicitação.
O órgão informou ainda que as celas individuais existentes no sistema prisional
são utilizadas para sanções disciplinares para presos que cometeram infrações.
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Igor Eduardo Cabral agrediu a namorada com mais de 60 socos
no último sábado (26). Ele foi preso em flagrante, e teve a detenção
transformada em prisão preventiva após passar por audiência de custódia.
Segundo a polícia, ele vai responder por tentativa de feminicídio. A vítima, de
35 anos, teve múltiplas fraturas no rosto e no maxilar e deve ser submetida a
uma cirurgia.
A decisão quanto ao pedido da defesa será da Coordenadoria
Executiva da administração prisional, que, se houver cela disponível e entender
que o agressor precisa deste isolamento, poderá colocar Igor em uma cela de
segurança, que também teria outros presos, mas seria afastada dos pavilhões.
De acordo com a Sead, os presos na Central de Recebimento e
Triagem são avaliados por uma equipe multidisciplinar formada por policiais
penais, psicólogos e uma equipe de saúde prisional.
Além disso, são levantados aspectos psicossociais, antecendes
criminais e a periculosidade dos acusados - o que também tem sido feito com
Igor Cabral.
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Segundo a pasta, é preciso saber, antes da transferência para uma unidade prisional, se os presos possuem, por exemplo, algum problema de saúde, fazem uso de medicação contínua, se possuem dependência química ou até problemas de convivência.
| Centro de Recebimento e Triagem da Seap, na Grande Natal — Foto: Seap |
Discussão começou em área comum do condomínio
O acusado começou a discutir com a vítima em uma área comum
do condomínio. Segundo a Polícia Civil, eles estavam fazendo churrasco com
amigos.
A discussão começou por ciúmes, segundo a delegada Victória
Lisboa, da Delegacia de Atendimento à Mulher em Natal, que investiga o caso.
"Eles estavam fazendo churrasco, estavam em um momento
de confraternização com os amigos. Momento em que ele pediu para ver o celular
dela. Ela mostrou o celular, falou que as mensagens não tinham nada demais,
palavras dela. Momento em que ele ficou enciumado e queria conversar com
ela", explicou a delegada.
A delegada Victória Lisboa explicou que, incialmente, Igor
subiu de elevador para tentar tirar as coisas dele da casa dela. A vítima foi
atrás para conversar. Foi logo após este momento que a agressão ocorreu.
"Ele entra no elevador e pede para ela se retirar do
elevador, e ela, justamente já temendo por qualquer conduta que ele poderia
praticar contra ela, sabendo que no corredor não iriam pegar, não teriam
imagens de câmeras para pegar o ato, ela permaneceu dentro do elevador no
momento em que ele foi e a agrediu", disse.
No depoimento à polícia, Igor disse que foi até a casa da
vítima buscar pertences pessoais "explicando que descobriu uma traição
dela, porém ela não quis abrir o portão e depois a porta, já o deixando
irritado".
No depoimento, ele disse ainda que, quando entraram no
elevador, a vítima o teria xingado e depois rasgado a camisa dele, "tendo
ele um surto claustrofóbico" que culminou com a agressão. Em depoimento na
delegacia, após o crime, Igor alegou que tem claustrofobia.
