Ministério de Minas e Energia diz que tema é sempre avaliado pela pasta, mas medida não deve ser retomada este ano
O Ministério de Minas e Energia negou nesta quinta-feira (18)
a suposta confirmação de retorno do horário de verão neste ano, após
especulações circularem em portais na internet.
A pasta repetiu que o tema é “permanentemente avaliado” e
reafirmou que há pleno atendimento de energia até fevereiro de 2026, conforme
avaliação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem
reforçado publicamente que o retorno desse mecanismo só ocorreria em caso de
real necessidade. Ou seja, se o sistema interligado nacional, em função do
período seco, exigisse tal medida para aliviar a demanda em horário de pico.
Contudo, as condições dos reservatórios são favoráveis, de
acordo com o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico). O colegiado vê
normalidade ao longo do período seco. Ainda de acordos com a avaliação, a
situação é melhor do que no ano passado — quando houve seca histórica.
No período seco, além da menor participação da fonte
hidrelétrica na geração de energia, com o cenário escasso de chuvas, a elevação
da temperatura acarreta o aumento do consumo devido ao uso de aparelhos de
refrigeração nas madrugadas. Ou seja, a demanda fica muito pressionada no
momento em que a oferta está reduzida.
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O adiantamento dos relógios em uma hora foi amplamente
debatido em 2024. A política acabou sendo descartada no ano passado porque as
autoridades do setor elétrico já estavam adotando outras medidas para aumentar
a confiabilidade do sistema elétrico. O mesmo argumento vale para este ano.
Na semana passada, o CMSE citou, por exemplo, que poderão ser
adotadas medidas para maximizar a produção das Usinas Hidrelétricas de Itaipu e
do São Francisco, entre outros recursos, para garantir a segurança do sistema.
O grupo setorial também voltou a indicar a possibilidade de
reduzir as defluências das Usinas Hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera,
sempre que as condições do sistema permitirem, visando preservar os
reservatórios da bacia do rio Paraná.
