O
Ministério da Saúde iniciou a imunização de meninos entre 12 e 13 contra o HPV.
A vacina pode ser encontrada nos postos de vacinação de todo o país através do
Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é de que 3,6 milhões de jovens
sejam vacinados em 2017. Até o ano passado, o serviço era oferecido apenas para
as meninas.
O
esquema para prevenir o HPV acontece em duas doses com intervalo de dois meses.
Para os que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o
esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos
portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica. O Brasil é o
primeiro país da América do Sul a oferecer o serviço para meninos. A ideia do
Ministério da Saúde é de que a faixa-etária será ampliada, gradativamente, até
2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos.
A
doença - HPV é a sigla em inglês para papiloma vírus humano, capazes de
infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos, sendo que cerca de 40
podem infectar o trato ano-genital.
A
infecção é muito frequente, mas transitória, regredindo espontaneamente na
maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste,
pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras que, se não forem
identificadas e tratadas, podem progredir para o câncer, principalmente no colo
do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
Pelo
menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou
probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões
precursoras. Dentre eles, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de
câncer do colo do útero.
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