Um estudo liderado pela
pesquisadora Diana Diaz Rizzolo, da Faculdade de Ciências de Saúde da
Universitat Oberta de Catalunya (UOC) e do Instituto de Pesquisa Biomédica
August Pi i Sunyer (IDIBAPS), descobriu que o consumo regular de sardinhas
ajuda a prevenir o aparecimento de diabetes tipo 2. A pesquisa foi publicada
abertamente na revista Clinical Nutrition.
Segundo os resultados,
nutrientes que ajudam proteger contra a doença foram encontrados em grandes
quantidades nas sardinhas – como taurina, ômega 3, cálcio e vitamina D.
“As sardinhas não só têm
preços razoáveis e são fáceis de encontrar, mas também são seguras e ajudam a
prevenir o aparecimento de diabetes tipo 2. Esta é uma grande descoberta científica.
É fácil recomendar este alimento durante os exames médicos, e é amplamente
aceito pela população “, explicou a pesquisadora, que também é conferencista.
Participaram do estudo
pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Diabetes e Obesidade e do Grupo de
Pesquisa em Atenção Primária, ambos do IDIBAPS. O Instituto de Pesquisa de
Ácidos Graxos (EUA), a Universitat de Barcelona, CIBERDEM e o Departamento de
Endocrinologia e Nutrição do Hospital Clínic, também de Barcelona.
Métodos
O estudo analisou 152
pacientes com 65 anos ou mais que foram diagnosticados com pré-diabetes de três
centros de atenção primária diferentes. Todos eles foram submetidos a um
cronograma nutricional especial com intuito de reduzir o risco de desenvolver a
doença.
Apenas um dos grupos
acrescentou 200 gramas de sardinha à dieta todas as semanas, totalizando duas
latas de sardinha no azeite por semana. Todos os participantes foram
orientados a comer a sardinha inteira, sem retirar os ossos, por serem ricos em
cálcio e vitamina D. O projeto contou com a ajuda da Fundação Alicia, que
forneceu, além de listas de receitas, também as sardinhas em conserva.
Resultado em números
No grupo que não incluiu
sardinha na dieta, 27% dos membros tinham alto risco de sofrer de diabetes.
Após um ano, 22% ainda se encontravam na mesma categoria.
Do grupo que incluiu o peixe
na alimentação, 37% dos membros tinham alto risco de sofrer de diabetes no
início do estudo. Após um ano, apenas 8% permaneciam com risco alto.
Além disso, outras melhorias
bioquímicas foram observadas, como índice de resistência à insulina reduzido,
aumento do “bom” colesterol (HDL), aumento dos hormônios que aceleram a quebra
da glicose (adiponectina) e diminuição dos triglicerídeos e da pressão
arterial, entre outros.
“Os nutrientes podem
desempenhar um papel essencial na prevenção e no tratamento de muitas
patologias diferentes, mas o seu efeito é normalmente causado pela sinergia que
existe entre eles e os alimentos que os contêm. As sardinhas terão, portanto,
um elemento de proteção porque são ricas nos nutrientes mencionados, enquanto
os nutrientes tomados isoladamente na forma de suplementos não funcionam na
mesma medida”, afirmou Rizzolo.
Devido a outras melhorias
observadas com o consumo da sardinha, os pesquisadores iniciaram uma segunda
fase do estudo para entender de forma mais aprofundada o papel protetor que o
peixe desempenha.
Diabetes no Brasil
De acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS), cerca de 422 milhões de pessoas em todo o mundo
têm diabetes, a maioria vivendo em países de baixa e média renda, e 1,6 milhão
de mortes são diretamente atribuídas ao diabetes a cada ano. Com isso, a
causa da morte pela doença se torna uma das principais no mundo.
Tanto o número de casos quanto
a prevalência de diabetes têm aumentado constantemente nas últimas décadas. Os
tipos mais comuns da doença são os tipos 1 e 2, sendo o 2 mais comum em
adultos.
Fonte: Medical Xpress
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