Novo vídeo mostra quando Jennifer Nayara vai até casa invadida por policiais e descobre que ela era alvo de mandado

Advogada e alvo de uma operação contra organização criminosa. No vídeo é possível ver que ela ainda está de pijama quando vai até o local por conta da confusão.


Momento em que Jennifer Nayara percebe confusão e se apresenta à polícia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Uma câmera de segurança registrou o momento em que a advogada Jennifer Nayara sai de casa e descobre que era alvo de um mandado de prisão cumprido por engano na casa da vizinha, em Aparecida de Goiânia. No vídeo é possível ver que a mulher ainda está de pijama quando vai até o local por conta da confusão. Ela continua presa.

O vídeo mostra quando a advogada, que era o verdadeiro alvo da ação, sai de casa ao ouvir a confusão na residência de frente a sua. Ainda de pijama, ela vai até a vizinha e conversa com um policial. Minutos depois, eles percebem o erro e dão voz de prisão à Jennifer Nayara, que é levada para a delegacia.

A defesa de Jennifer diz que não tem conhecimento de nenhuma ligação entre ela e a família da casa invadida por engano, além do fato de serem vizinhos. Informou também que, ao perceber a confusão na casa ao lado e ouvir que seu nome foi citado, a própria se entregou.

 

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás (OAB-GO) disse que acompanhou a operação de cumprimento de mandados judiciais realizados pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) em desfavor da advogada, e seguirá acompanhando o caso.

O cumprimento do mandado aconteceu na quinta-feira (11), no Parque Industrial Santo Antônio. Uma equipe da Polícia Civil arrombou o portão de uma casa procurando por Jennifer, alvo de uma operação contra organização criminosa. Mas quando entraram, foram surpreendidos por outros moradores, que, assustados, começaram a gravar a ação da polícia, questionando o que estava acontecendo.

Após o nome da suspeita ser anunciado, a moradora fica ainda mais indignada: “Quem é Jennifer Nayara? O mandado está na casa errada”, disse. Embora a confusão tenha se resolvido, o casal registrou o boletim de ocorrência contra a equipe e procurou a corregedoria para denunciar abuso de autoridade.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que o mandado foi cumprido no endereço correto, que constava na ordem judicial. Detalhou que o local foi determinado por investigação técnica, que continha informações decorrentes de quebra de sigilo telemático e vigilância policial in loco.

Disse também que os policiais da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) bateram no portão e chamaram os moradores diversas vezes, mas não tiveram retorno e, por conta disso, decidiram arrombar o portão da casa. A decisão, segundo a corporação, está de acordo com o artigo 245, parágrafos 2º e 3º do Código de Processo Penal.

A nota diz também que que “havia uma ligação entre a casa objeto da busca e a pessoa que se buscava prender, tanto o é que, esta foi presa em frente à residência citada no mandado judicial”.

 

Jennifer Nayara foi presa em Aparecida de Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

'Foi aterrorizante'

A moradora da casa, Tainá Fontenele, diz ter ficado muito assustada durante a ação, já que uma das policiais apontou uma arma para ela.

“Foi aterrorizante. Minha filha estava atrás de mim e a policial com a arma em punho. Poderia acontecer uma fatalidade dentro da minha casa", disse Tainá à TV Anhanguera.

 

Policial denunciada por invadir casa errada apontou arma contra o rosto de moradora e a segurou pelo pescoço após ela se revoltar com ação, em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Tainá afirma que nunca passou por essa situação. "Eles batiam tão forte que falei para o meu marido abrir o portão. Antes de abrir, a policial já estava com a arma em punho. Nunca passei por isso”, disse. Ela denuncia que, após perceberem o erro, os agentes foram mais agressivos e debocharam da situação.

“Fizeram sarcasmo. O policial jogou beijo, piscou para mim e disse: 'vai lá na Corregedoria’. Eles falaram que não iria dar em nada", lembra a empresária.

O casal registrou um Boletim de Ocorrência (BO) na tarde do último dia 11 de abril e, segundo a moradora, eles vão entrar com um processo contra os policiais e contra o estado. “Isso não é um erro que podemos chamar de errinho. Isso está acontecendo muito e com vários erros”, finaliza.

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