Vídeo; Idoso natural de Macajuba é detido após assédio e insultos lesbofóbicos contra chef de cozinha



Genivaldo Santos, que é natural de Macajuba, mas reside atualmente em Salvador é acusado de assédio por casal; ele teria passando a língua entre os lábios e xingado mulheres na Cidade Baixa

Fotos: Reprodução/Instagram


Um idoso, identificado como Genivaldo Quirino dos Santos, foi detido na tarde desta quarta-feira (26) e levado, por volta das 17h20, para a Central de Flagrantes, na avenida Antônio Carlos Magalhães, após praticar lesbofobia contra a chef de cozinha Nelly de Oliveira Alves, 30 anos, e a funcionária pública Luiza Machado Oliveira, 28. Ele também é acusado pelo casal de importunação sexual.

Segundo Nelly, ela e a esposa, Luiza, estavam no Atakadão Atakarejo do Caminho de Areia, em Salvador, na tarde desta quarta, quando Genivaldo - que não teve sua idade divulgada - teria assediado a chef de cozinha, passando a língua entre os lábios e olhando para o traje que ela estava vestindo, um short. Quando Nelly questionou o abuso, ele a xingou.

"Esse senhor de idade olhou para mim e passou a língua entre os lábios e veio andando atrás de mim. Perguntei o motivo daquilo, disse que eu não estava entendendo, e ele começou a ficar nervoso. Me chamou de sapatão, nigrinha, safada, descarada... Tratou eu e minha esposa de forma extremamente vexatória e chamou a atenção de todo mercado", relatou Nelly. Ela chegou a publicar um vídeo que mostra os xingamentos (assista abaixo).

Após o ocorrido, Nelly e Luiza procuraram policiais, que estavam no estacionamento do supermercado, e eles conduziram o idoso para a Central de Flagrantes, onde Nelly e Luiza fizeram um Boletim de Ocorrência (BO). "O caso foi tipificado como injúria, mas deve ser ajustado para homofobia. Estou bastante nervosa e nunca passei por algo parecido. É ridículo a mulher não poder colocar um short por medo do que vão achar. Nada vai pagar aquela vergonha", desabafou.

O casal garante que vai processar o supermercado e o idoso. "O Atakadão foi extremamente omisso, dizendo que eles não poderiam fazer nada. O gerente só pediu que parasse de chamar a atenção do mercado e eu continuei filmando. Muitos vão se perguntar o que o gerente poderia ter feito. No ato, ele falou que não podia conter. Então perguntei pra ele que se tratasse de um roubo ou furto se eles também ficariam omissos. Será que se eu estivesse na companhia de um homem esse senhor faria gestos com a boca e falaria assim comigo?", questiona Nelly.

Em nota enviada ao CORREIO, o Atakarejo respondeu às alegações e disse que preza pelo respeito e segurança dos clientes. "O Atakarejo informa que se ofereceu, a todo momento, para prestar qualquer ajuda. A rede não coaduna com nenhuma prática de discriminação social e racismo, preza pelo respeito e segurança dos seus clientes, ratificando isso através do seu código de conduta e procedimentos internos", diz a nota.

A Polícia Militar (PM-BA) informou que o caso cerá investigado pela Polícia Civil (PC). O CORREIO ainda não conseguiu contato com a PC.


Informações Correio 24 Horas

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