Imunizante é atualmente
utilizado nos países da União Europeia, nos Estados Unidos e na África do Sul e
recebeu certificado de boas práticas pela Anvisa
Com a chegada de 3 milhões de
doses da vacina da Janssen contra a Covid-19 ao Brasil neste mês, as pessoas
que receberem o imunizante do grupo Johnson & Johnson precisarão de apenas
uma dose. O imunobiológico tem eficácia de 85% na prevenção de casos graves e
oferece proteção completa contra hospitalização e morte pela doença.
O Ministério da Saúde assinou
um acordo com a Janssen para a aquisição de 38 milhões de doses da vacina da
empresa, com previsão inicial de entrega de 16,9 milhões de doses entre julho e
setembro e 21,1 milhões de outubro a dezembro.
PAÍSES QUE UTILIZAM
O imunizante da Janssen, que é
atualmente utilizado nos países da União Europeia, nos Estados Unidos e na
África do Sul, recebeu, no Brasil, certificado de boas práticas pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A etapa é um dos requisitos
para que fabricantes possam solicitar o uso emergencial ou o registro
definitivo do imunizante.
TESTES
A vacina foi testada em 44 mil
pessoas na África do Sul, América Latina e nos Estados Unidos e dada para
diferentes populações em momentos distintos.
A maior parte dos testes foi
realizada alguns meses depois das da Moderna e da Pfizer, quando a pandemia de
Covid-19 já estava estabelecida há mais tempo.
VACINA DA JANSSEN CONTRA A
VARIANTE DA ÁFRICA DO SUL
Ela foi testada depois do
surgimento e da circulação de novas variantes do vírus que provoca a Covid-19,
incluindo a primeira, que foi identificada na África do Sul, chamada B.1.351.
Esta cepa parece reduzir a capacidade do corpo no reconhecimento do vírus, até
mesmo depois da vacinação.
A eficácia do imunizante da
Johnson & Johnson na África do Sul, onde a B.1.351 domina, foi de 57%. Nos
Estados Unidos, onde ela é menos comum, a taxa foi de 72%.
REAÇÕES ALÉRGICAS
De acordo com o Centro de
Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, o risco de reações
alérgicas à vacina da Janssen é considerado extremamente baixo, especialmente
quando se refere a choques anafiláticos.
O imunizante não tem compostos
que podem causar reações alérgicas fortes, como antibióticos, adjuvantes ou
conservantes, aditivos utilizados para potencializar a resposta imune, segundo
o CDC. Eles também podem estar nos demais imunobiológicos.
COÁGULOS SANGUÍNEOS
Em 13 de abril, o uso da
vacina da Janssen foi interrompido nos Estados Unidos porque alguns pacientes
relataram surgimento de coágulos sanguíneos.
No entanto, duas semanas
depois, as agências reguladoras de saúde do País autorizaram a retomada da
aplicação do imunizante.
BAIXO RISCO
Já em 30 de abril, o CDC
apontou que só 3% das reações alérgicas à vacina da Janssen são classificadas
como graves.
Conforme o relatório do órgão,
o perfil de segurança do imunizante até então tem sido igual ao que foi notado
no período de testes, mas o monitoramento de segurança durante o lançamento do
imunobiológico viu ligeiramente incidentes de coágulo sanguíneo, que o CDC
descreveu como "um evento adverso raro, mas sério, que ocorre
principalmente em mulheres".
EVENTOS ADVERSOS
O documento também mostrou que
a avaliação de eventos adversos comuns e raros depois da aplicação de todas as
vacinas contra a Covid-19, incluindo a da Janssen, continua.
Os números que fazem parte do
texto do CDC contemplam 13.725 incidentes relatados no Sistema de Notificação
de Eventos Adversos de Vacinas do órgão. Eles apresentam que 97% dos casos não
foram graves.
ANÁLISES PRELIMINARES
Conforme o material, houve 17
relatos de trombose com síndrome de trombocitopenia ou coagulação do sangue com
níveis baixos de plaquetas. Entre eles, 14 foram trombose do seio venoso
cerebral. O relatório também fala de 88 mortes notificadas depois da
imunização.
Entre os óbitos, três
aconteceram em pacientes com trombose do seio venoso cerebral, e os
pesquisadores do CDC escreveram, depois de análises preliminares, que
"nenhuma outra morte parece ter associação com a vacinação".
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