Em entrevista, Ministro do Trabalho reafirmou que retomada da
Política de Valorização do Salário Mínimo também é uma das prioridades da pasta
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou a
afirmar que o salário mínimo, atualmente no valor de R$ 1.302, deve ser
reajustado no dia 1º de maio, feriado nacional do Dia do Trabalhador. O
comentário foi feito durante entrevista ao programa Brasil em Pauta, que vai ao
ar neste domingo (12), na TV Brasil.
.
“Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o
valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos
de anunciar uma mudança para 1º de maio ”, afirmou o ministro.
O Orçamento aprovado pelo Congresso no ano passado prevê um
mínimo de R$ 1.320 neste ano, mas as centrais sindicais pedem um valor de R$
1.342, o que é incompatível com o equilíbrio das contas públicas.
Luiz Marinho, Ministro do Trabalho. — Foto: Gesival Nogueira/Valor
O último reajuste do piso nacional passou a valer no dia 1º
de janeiro, em R$ 1.302. O aumento do salário mínimo foi aprovado pela Medida
Provisória 1.143 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em dezembro de 2022. Em
2022, o salário mínimo era de R$ 1.212. O reajuste - de R$ 90 - foi de 7,42% e
ficou acima da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor, do IBGE), que em 2022 foi de 5,93%.
Segundo o atual governo, o dinheiro aprovado para cobrir este
aumento, no entanto, não foi suficiente.
A meta de reajustar a remuneração dos trabalhadores
assalariados pelo piso nacional já estava no radar desde a segunda semana do
novo governo federal, quando foi feita a assinatura de um despacho que
determinava que ministérios da Esplanada elaborassem, em até 90 dias, a proposta
para instituir política de valorização de salário mínimo.
“Nós conseguimos mostrar [ nos governos anteriores do PT] que
era possível controlar a inflação, gerar empregos e crescer a renda, crescer a
massa salarial dos trabalhadores do Brasil inteiro, impulsionado pela Política
de Valorização do Salário Mínimo, que consistia em, além da inflação, garantir
o crescimento real da economia para dar sustentabilidade, para dar
previsibilidade, para dar credibilidade acima de tudo para todos os
agentes", declarou . "É importante que os agentes econômicos, o
empresariado, os prefeitos, os governadores, saibam qual é a previsibilidade da
base salarial do Brasil, e o salário mínimo é a grande base salarial do
Brasil”, explicou.
O ministro do Trabalho falou, ainda, sobre as novas modalidades
de serviço, como o trabalho por aplicativos. “Seguramente é uma tendência que
vem com muita força. É preciso que seja introduzido nas negociações coletivas,
se não nós podemos ter muita gente desprotegida no mercado de trabalho”,
afirmou.
*Com informações da Agência Brasil
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