Miguel Antunes Versari ficou cerca de 10 horas trancado em veículo no município de Videira, no Meio-Oeste de SC
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Prefeitura de Videira e creche lamentam falecimento do garoto (Foto: reprodução/redes sociais) |
Um menino de 3 anos morreu após ser esquecido dentro do
veículo da família na última sexta-feira (25). Miguel Antunes Versari não
resistiu após ficar trancado por 10 horas no carro estacionado em Videira,
Santa Catarina. A madrasta que era responsável por levá-lo na creche, revelou
às autoridades que sofre de déficit de atenção e faz uso de medicamentos e
psicoterapia.
De acordo com o delegado de Polícia Civil, Édipo Flamia
Helt, a madrasta, que mantém um relacionamento com a mãe do menino há cerca de
4 anos, revelou, em depoimento, que a rotina da família envolvia levar a mãe de
Miguel ao trabalho às 7h, depois deixá-lo na creche e por último,
retornar para residência da família.
Após chegar em casa, a mulher deixava o carro na garagem,
pegava a motocicleta e seguia para o serviço no município de Tangará. No
entanto, na sexta-feira, Miguel Antunes Versari apresentava sintomas
gripais, sendo medicado, o que provocou sonolência maior do que o habitual.
O garoto teria acabado adormecendo no banco traseiro do
automóvel. Segundo o depoimento da madrasta, ela realizou os demais passos
rotineiros, mas como Miguel estaria dormindo ela não teria percebido a presença
do menino.
Madrasta afirma ter deixado Miguel trancado em carro devido
ao TDAH
Em relata às autoridades, a mulher comentou que sofre
de déficit de atenção e faz uso de medicações e psicoterapia.
Ainda de acordo com o delegado Édipo, ela percebeu que não havia levado o
garoto à creche apenas quando foi retornar ao carro para buscá-lo na
instituição.
A madrasta chegou por volta das 17h, notando que
Miguel Antunes Versari estava trancado no carro. Sem acreditar, ela pediu ajuda
e uma vizinha acionou o Corpo de Bombeiros. Apesar do encaminhamento das
autoridades, o garoto já estava sem vida quando ela o encontrou.
O que causou a morte de Miguel?
A madrasta foi encaminhada à delegacia para prestar
depoimento. A Polícia Civil investiga o caso para entender se houve negligência
culposa (sem intenção) ou se existem outras possibilidades.
Até o momento, a mãe de Miguel não tem envolvimento e nem pode ser apontada
como culpada pela negligência.
Sem o laudo oficial divulgado, a causa do falecimento do
menino ainda não foi revelada. Casos semelhantes sugerem que a principal causa
pode estar ligada ao superaquecimento (hipertermia) dentro do veículo fechado.
Crédito: RIC Mais