Apesar de ser incomum, tatu pode se alimentar de cobras
Um registro inusitado e impressionante da natureza foi feito
no município de Severiano Melo, no Rio Grande do Norte. Em meio à vegetação
seca da caatinga, um foi flagrado devorando uma cobra coral. A cena rara foi
capturada por João Bosco e publicada pelo projeto, que compartilha imagens e
curiosidades sobre a fauna da região.
O comportamento do tatu chamou a atenção por se tratar de uma
presa incomum: a cobra coral, conhecida por seu veneno potente e pelas cores
vibrantes que servem de alerta natural para predadores. No entanto, esse
pareceu não se intimidar.
Apesar de geralmente ser conhecido por uma dieta mais variada
e oportunista — composta por insetos, larvas, pequenos vertebrados, frutas e
até carniça — há registros desses bichos consumindo répteis, incluindo cobras.
O tatu-peba, em especial, é um dos mais adaptáveis entre os tatus brasileiros
e, quando confrontado com uma oportunidade de alimento, não costuma
desperdiçá-la.
Especialistas apontam que, por ter o hábito de cavar e
farejar o solo em busca de comida, o tatu pode acabar encontrando cobras em
suas tocas ou durante o deslocamento e, dependendo da situação, pode sim se
alimentar desses répteis, mesmo de espécies venenosas como a coral verdadeira
ou suas imitadoras inofensivas.
Fonte: Primeira Página