"Eu não aguentava mais
viver nessa situação. Ele sempre me batia e, disposta a terminar com tudo isso,
fui até a casa dele e contei para esposa", desabafou Barbara Difmack
Na última quinta-feira (10),
uma transexual de 42 anos, identificada como Barbara Difmack Araujo, foi
agredida e teve parte do nariz arrancado pelo ex-namorado após falar sobre o
envolvimento deles para esposa do rapaz. De acordo com informações do G1 Mato
Grosso do Sul, a vítima contou que o relacionamento tinha 11 anos e que ela
sempre era agredida quando tentava se separar. O caso aconteceu em Coxim, Campo
Grande.
"Eu não aguentava mais
viver nessa situação. Ele sempre me batia e, disposta a terminar com tudo isso,
fui até a casa dele e contei para esposa com quem ele era casado há 6 anos.
Quando saí de lá, ele jogou a moto em cima da minha [motocicleta] e começou a
me bater", desabafou Barbara ao G1 MS.
Ainda segundo o G1 Mato Grosso
do Sul, antes da agressão, os dois discutiram porque ela queria viajar para
outra cidade no feriado e o suspeito não concordou.
"Ele tem um ciúme
possessivo. Não é a primeira vez que ele me agride. Para não apanhar mais achei
que essa seria a solução para me livrar dele", explicou.
Barbara Difmack Araujo
explicou ao G1 MS que foi até a casa do rapaz conversar com a esposa dele sobre
a situação. "Eu contei tudo o que vivíamos e mesmo assim ela não acreditou
em mim. Quando deixei o local fui atacada por ele e por mais um amigo".
Barbara ainda disse que estava em uma motocicleta quando os dois, em outra
moto, jogaram a moto sobre ela.
"Começaram a chutar meu
rosto e me dava vários murros por todo meu corpo. Me segurou pelos braços e
mordeu no meu nariz arrancando um pedaço dele. Eu não sei o que fazer, pois não
dá para dar ponto e meu rosto vai ficar deformado. Não tenho dinheiro para
plástica".
A delegada da Delegacia da
Mulher em Campo Grande, Jennifer Estevam, contou que nesses casos transexuais
podem entrar na lei Maria da Penha e conseguirem medida protetiva contra os
agressores. "Se o juiz tiver alguma dúvida sobre medida protetiva, ele
pode até pedir um estudo social para analisar a vítima e a condição dela",
explicou ao G1 MS.
O caso será investigado pela
Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM).
O conteúdo do Macajuba Acontece é protegido.
Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo
original e não faça uso comercial de nossa produção.
0 Comentários