Em uma mensagem de desespero, menina disse à mãe que abusos do pai começaram quando ela tinha 9 anos e que 'não aguenta mais'. Mãe disse à polícia não saber dos estupros; suspeito não foi encontrado.
Criança foi encaminhada ao Hospital Odilon Behrens — Foto: Reprodução/TV Globo |
Um homem de 34 anos é suspeito de abusar sexualmente da
própria filha, de 11, na casa da família no Aglomerado da Serra, na Região
Centro-Sul de Belo Horizonte. A polícia faz buscas pelo suspeito, mas, até a
última atualização desta reportagem, ele não havia sido encontrado.
Nesta terça-feira (8), a criança enviou uma mensagem
para a mãe pedindo ajuda.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, os
policiais foram acionados pela mãe da menina. Ela contou que saiu para
trabalhar cedo e, por volta das 8h20, a garota entrou em contato pelo
WhatsApp.
"Socorro, mãe. Meu pai abusou de mim de novo. Eu acordei
para abrir o portão, aí ele falou que estava cedo e era para eu ir dormir. Eu
fui, e ele veio aqui para o quarto. Já faz muito tempo que ele faz isso, desde
os 9 anos. Eu não aguento mais. Ele falou (que) se eu falar com alguém, nós
dois morremos", escreveu.
Logo depois ler a mensagem, a mulher voltou para casa. À
polícia, a menina contou que deitou na cama, mas não dormiu.
O pai se aproximou e pediu que ela tirasse o short. Com
a recusa, o homem tirou a peça de roupa à força e praticou atos
libidinosos.
Segundo ela, em datas anteriores, houve penetração e
o irmão dela, de 6 anos, já teria presenciado os abusos. A menina reforçou aos
policiais que o pai fazia ameaças para que não fosse denunciado.
Mãe diz que não sabia dos estupros
Aos militares, a mãe da vítima contou que vive com o
companheiro há 12 anos e o casal tem dois filhos. A mulher afirmou que
nunca percebeu nenhuma situação diferente com a criança e só tomou
conhecimento dos estupros nesta terça.
Ela disse que o marido é agressivo, já a agrediu por
várias vezes, mas não registrou nenhuma ocorrência contra o homem.
A criança foi encaminhada ao Hospital Odilon Behrens, onde
foi atendida e medicada.
Militares fizeram rastreamento, mas o pai da vítima não
foi localizado. O caso foi encaminhado à Polícia Civil para apuração dos
fatos.