A prova será realizada neste ano, com duas chamadas de 1.000 vagas: uma para 2025 e outra para o ano que vem
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Foto ilustrativa: Divulgação/PF |
O governo do presidente Lula (PT) anunciou que vai abrir
concurso público para a Polícia Federal (PF) com duas chamadas de mil vagas,
uma em 2025 e outra no próximo ano.
Todos os cinco cargos da corporação serão contemplados
(agente, papiloscopista, delegado, perito e escrivão), mas ainda não há
definição sobre o porcentual de vagas para cada categoria.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29), no Palácio do
Planalto, pelos ministros Esther Dweck (Gestão), Ricardo Lewandowski (Justiça)
e pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, após reunião com Lula.
"O presidente anunciou este concurso para mostrar
exatamente a prioridade do governo no investimento em segurança pública",
disse Lewandowski. Segundo ele, o ingresso de mais 2.000 policiais até ano que
vem levará o corpo de servidores da corporação para média histórica de 15 mil.
A ministra Esther Dweck disse que ainda não há definição de
qual será o impacto fiscal da medida. Mas que a ideia inicial era realizar o
concurso no ano passado, mas devido a um reajuste na LOA (Lei de Diretrizes
Orçamentárias), o anúncio teve de ser recalculado e adiado para este ano.
A portaria com regras, prazos e valores do concurso deve ser
publicada nas próximas duas semanas, segundo Dweck.
Então essa autorização é dada agora e tem todo um processo
longo, provavelmente a entrada efetiva deve ocorrer mesmo no final desse ano ou
só no ano que vem.
"O presidente deu uma grande prioridade para esse
concurso, e a gente já está anunciando logo agora, antes de outros que a gente
vai anunciar possivelmente ainda ao longo do ano, pela urgência de fazer esse
concurso para que eles ingressem o mais rápido possível", disse a
ministra.
No ano passado, Lewandowski cobrou a ministra publicamente
para que autorize concursos para repor os efetivos da Polícia Federal e da
Polícia Rodoviária Federal.
A fala aconteceu durante reunião no Palácio do Planalto em
outubro, do presidente Lula (PT) com ministros, chefes de Poderes e 18
governadores. O objetivo era apresentar a PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) da Segurança Pública.
Lewandowski se dirigiu diretamente a Esther na reunião, que
foi transmitida pela TV Brasil e pelos canais de comunicação do governo
federal.
"Aliás, doutor Andrei Rodrigues [diretor-geral da PF]
aqui presente e nós encampamos esse reclamo da Polícia Federal: ela já teve um
efetivo de 15 mil homens, doutora Esther [Dweck]. Hoje estamos com 13 mil
homens, menos até, considerando os [servidores] administrativos. E o concurso
não abre", afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública.
"Vou veicular aqui uma queixa do nosso Andrei Rodrigues.
Só para o ano que vem, só queremos chegar de volta aos 15 mil. Somos muito
requisitados, desde passaporte, aeroportos, portos, terras indígenas. Enfim,
precisamos de gente", completou o ministro.
Na sequência, Lewandowski também fez queixas sobre a falta de
concursos e recursos para a Polícia Rodoviária Federal.