Os planos de saúde brasileiros
registraram uma perda de 1,37 milhão de beneficiários em 2016. O número
equivale a uma queda de 2,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, de
acordo com dados da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida
pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Apenas na Bahia, a queda
foi de 39,6 mil beneficiários. O superintendente executivo do IESS, Luiz
Augusto Carneiro, explicou que a variação se deve, em grande parte, ao cenário
econômico negativo e à queda do nível de emprego do país. "Segundo dados
do Caged, o saldo de empregos de 2016 ficou negativo em 1,32 milhão de postos
de trabalho formal. Como os planos coletivos empresariais (aqueles fornecidos
pelas empresas aos seus colaboradores) ainda representam a maior parte dos
planos médico-hospitalares no País, é natural que o número de vínculos
apresente retração junto com o saldo de empregos formais", disse. Carneiro
ressaltou que o ano poderia ter encerrado com uma redução ainda maior no total
de beneficiários. "Como o plano de saúde é o terceiro maior desejo do
brasileiro, atrás apenas da casa própria e da educação, os beneficiários de
planos de saúde, mesmo desempregados, optam por cortar outros gastos antes de
romper o vínculo com a operadora", completou. BN
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