Vídeo; Multidão no Irã põe fogo em hospital que atende a pacientes com coronavírus




Por causa do medo do coronavírus, uma multidão de iranianos ateou fogo num hospital em Bandar Abas, uma das maiores cidades do sul do país. Não há informações sobre vítimas.

Segundo a agência iraniana Fars News Agency, a violência foi causada por um rumor de que o governo havia transferido dez pacientes de covid-19 da cidade de Qom, o epicentro da epidemia no país, para Bandar Abbas, que fica a 1.140 km ao sul, e tem uma situação sanitária menos preocupante.

No início, os manifestantes se reuniram em torno do hospital, que se chama Towhid Clinic e logo foi apelidado de Corona Hospital, e entoaram frases de críticas ao governo. Em seguida, os ânimos se acirraram e a multidão pôs fogo no hospital.



O Irã é um dos países mais atingidos pela epidemia de coronavírus — e destacadamente o mais pobre entre esses. Somente nesta sexta-feira (28) houve nove mortes, e o número de novos casos cresceu 53%, levando o total a 593 doentes e 43 mortos. O índice de letalidade local é de 7,3%, duas vezes e meia o índice mundial.

A diretora da clínica negou as acusações e disse que o hospital tem um setor isolado para os pacientes dessa doença. Não é o primeiro caso desses. No dia 19, o serviço da BBC em persa noticiou que 210 pessoas haviam morrido da doença, apenas em Qom e Teerã. Apesar da negativa do governo, o pânico se espalhou.

O país, que é uma república islâmica em que o aiatolá Ali Khamenei tem muito mais poder que o presidente Hassan Rohani, é pouco acostumado à transparência e enfrenta dificuldade para impor sua versão.

Qom, considerada a capital religiosa do Irã, fica no norte do país, a 150 km a sudoeste de Teerã. Já Bandar Abbas fica no extremo sul do país, às margens do estreito de Ormuz. Segundo o censo de 2016, Bandar Abbas tinha 540 mil pessoas (17º do pais), Qom, 1,3 milhão (8º) e Teerã, 9 milhões (1º).

O Irã, a Coreia do Sul e a Itália são os três países onde a epidemia de covid-19 se alastra mais rapidamente. A China, onde ela começou, em dezembro, já registra queda no número de novos casos e de mortes há mais de uma semana, embora ainda seja de longe o maior foco da epidemia. A Coreia já é o país que registra o maior número de casos novos (813; na China são 433), mas a China ainda lidera em novas mortes (47, contra 9 na Coreia).



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