Religioso divulgou vídeo na segunda-feira (12) afirmando que funcionário foi arrogante, mas ele nega ter conversado com o padre
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Padre Fábio de Melo Crédito: Reprodução |
O ex-gerente da cafeteria Havanna de Joinville (SC) disse
que, após o vídeo publicado pelo padre Fábio de Melo nas redes sociais, ele foi
massacrado pelos comentários negativos sobre o trabalho que realizou e que isso
ocasionou a demissão dele.
"Estão me massacrando, ele [o padre] destruiu a minha
vida. Se o padre me chama e fala: “Seu gerente, olha, está acontecendo isso”,
se a gente dialogasse, a conversa era diferente. Eu jamais fui desrespeitoso.
Nem sequer falei com o padre. No entanto, minha imagem foi destruída",
disse o funcionário em entrevista ao NSC Total, de Santa Catarina, na
terça-feira (13).
Segundo o ex-gerente, ele arrumava enfeites do Dia das Mães
quando o padre entrou na loja, por volta das 14h50 do último sábado (10), só
que ninguém o reconheceu no shopping. Quem foi ao caixa e questionou o preço
foi um homem da equipe do padre, que vinha logo atrás.
"Foi quando a menina do caixa me chamou para perguntar:
'Qual o preço do doce de leite?' Eu falo que o doce de leite zero custa R$ 69 e
o normal custa R$ 43,90. Mas ela afirma que o rapaz [da equipe do padre] teria
visto por R$ 43,90. Eu vou até a prateleira e pego a placa que está lá. Vou na
parte da cozinha e pergunto para o pessoal da minha equipe se alguém teria
mudado ela de lugar. Mas percebo que a placa está lá, em uma posição errada,
mas com o verdadeiro valor. Eu volto, passo pelo padre. Ele está me seguindo,
mas não fala comigo em nenhum momento. Falo com a menina e sigo de volta para o
meu trabalho", contou o funcionário, que disse que ficou sabendo da demissão apenas pelos jornais.
Na segunda-feira (12), o padre explicou que gravou o vídeo
não para fazer uma denúncia, mas um alerta, "para que as pessoas que
trabalham no comércio saibam que elas não estão acima do bem e do mal". O
religioso escolheu dois potes de doce de leite sem açúcar e, quando chegou no
caixa para pagar, "o valor que estava sendo cobrado era muito maior do que
a soma dos dois potes com o preço que estava na estante".
O padre Fábio de Melo disse ainda que o então
"gerente se adiantou, extremamente deselegante, afirmando que 'o preço
está errado, se quiser levar, o preço certo é este'", contou o padre.
Depois que o caso veio à tona, a cafeteria Havanna de
Joinville disse que recebeu "com muita atenção e preocupação o relato de
um cliente que se sentiu mal atendido em nossa unidade" e que "o
colaborador envolvido no ocorrido já não faz mais parte do nosso quadro de
funcionários".
De acordo com o ex-gerente, a decisão pela demissão não
teria partido dos donos da loja catarinense, mas da Havanna Brasil, na
tentativa de "limpar" o nome da marca. O padre ainda não se
manifestou sobre as declarações do ex-gerente.
Crédito: Correio 24 horas