Bebê sobreviveu; Prefeitura de Betim diz que adolescente não fez pré-natal, e caso configura est*pro de vulnerável
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Divulgação/Prefeitura de Betim |
Uma menina de 12 anos que estava grávida de oito meses morreu
no último domingo (13), em Betim, município da região metropolitana de Belo
Horizonte, após a realização de um parto de emergência.
O bebê sobreviveu e está internado em estado estável, ainda
segundo a gestão municipal.
A menina fazia parte de uma comunidade indígena venezuelana
que vive na cidade e não fez acompanhamento pré-natal na rede municipal de
saúde, afirmou a prefeitura.
A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que abriu um
inquérito para apurar o caso, investigado como est*pro de vulnerável, pelo fato
de a vítima ter menos de 14 anos. O nome do pai do bebê não foi divulgado.
A adolescente poderia ter tido acesso ao aborto legal, que no
Brasil é autorizado em casos de estupro, risco à vida da gestante e anencefalia
do feto.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a menina procurou
atendimento no último dia 10, em uma UBS (Unidade Básica de Saúde). Segundo a
pasta, este foi o seu primeiro atendimento na rede.
Ela estava acompanhada da mãe e da tia e se recusou a responder perguntas da equipe médica, mas a tia disse aos profissionais que ela sentia enjoo. A adolescente foi medicada, e os exames de pré-natal tinham sido marcados para a segunda-feira (14), segundo a Prefeitura de Betim.
Na sexta (11), acompanhada dos pais, a adolescente deu
entrada no Centro Materno-Infantil em estado gravíssimo e foi encaminhada ao CTI
(centro de terapia intensiva), onde foi realizado o parto de emergência, ainda
de acordo com a prefeitura.
A menina morreu na madrugada de domingo em decorrência de um
choque refratário, condição em que o corpo, em estado de choque, não responde
aos tratamentos.
O município afirma que prestou atendimento psicológico à
família e acionou o Conselho Tutelar e o Ministério Público.
Procurada, a Promotoria disse que acompanha o caso e aguarda
a conclusão do inquérito para adotar as providências cabíveis.
A prefeitura, responsável pelo Conselho Tutelar, disse nesta
quinta-feira (17) que o órgão acionou as autoridades.
"Cabe agora ao conselho garantir a assistência ao bebê
gerado pela adolescente, que segue internado no Centro Materno-Infantil, e
acompanhando o grupo familiar, caso haja necessidade de aplicação de novas
medidas para outras crianças", afirmou, em nota.
Fonte: Folha SP