Jenna Tanner teve infarto raro e passou cerca de 2h lutando pela vida
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Jenna Tanner Crédito: Reprodução/Mirror |
A americana Jenna Tanner passou cerca de 2h lutando pela vida
após sofrer infarto raro e entrar em parada cardíaca. Durante esse
período, ela disse que teve uma experiência vívida fora do corpo, com uma
visão repleta de estrelas e nebulosas coloridas.
Tudo começou quando a dona de casa de Oklahoma, nos Estados
Unidos, passou vários dias sofrendo com falta de ar e uma sensação de
aperto no peito. Ela, porém, atribuiu os sintomas à gripe que seus filhos
haviam acabado de se recuperar. Até que perdeu a consciência e entrou em parada
cardíaca.
“Lembro de simplesmente estar flutuando por esse espaço —
como um universo — e me aproximando do que eu descreveria como uma nebulosa”,
disse Jenna ao jornal The Mirror. “Havia uma grande nuvem de cores em
movimento que mudava constantemente. Tudo era estrelas vívidas. Eu apenas
flutuava em paz”.
Mãe de três filhos - Mazie, de 20 anos, Avery, de 17, e
Brady, de 13 - ela foi chamada pelos médicos de “paciente milagre” após
sobreviver a um infarto conhecido como widowmaker, um dos mais letais, que
acontece quando a artéria descendente anterior esquerda é totalmente bloqueada.
A condição tem uma taxa de sobrevivência de apenas 12% quando ocorre fora do
hospital.
Ela disse que estava sozinha em casa quando sentiu que algo
estava errado. "Algum tempo depois das 11h da manhã, mandei uma
mensagem para o meu marido [Ryan, 51 anos, eletricista], dizendo que eu achava
que poderia estar doente ou com alguma doença", falou.
Jenna, porém, não procurou atendimento médico e
resolveu limpar a casa. Até que, ao entrar em seu escritório, sentiu a pressão
cair e sentou-se no chão para evitar um desmaio. Porém, ela perdeu a
consciência pouco depois. A americana descreveu ter sido "lançada de volta
para o corpo" através do que parecia ser "um tubo de relâmpago"
quando acordou.
Em seguida, ela falou que viu seu próprio corpo caído no chão
e retornou a ele sentindo uma “dor instantânea”. "Parecia que um elefante
tinha entrado e sentado no meu peito, e eu soube imediatamente que estava tendo
um ataque cardíaco".
Jenna passou aproximadamente duas horas entre momentos de
consciência e inconsciência. Afirmou que, durante os momentos de lucidez,
refletiu sobre sua vida de uma forma que a surpreendeu. "Não me lembrei ou
revivi qualquer parte ruim da vida. Tudo o que eu pensava eram as conexões que
havia feito com pessoas ou lugares enquanto estava viva. Eram só as coisas
boas".
Segundo ela, seu celular estava em outro cômodo. Mas a ideia
que Brady, seu filho mais novo, poderia chegar da escola e encontrá-la morta
foi o que lhe deu forças para rastejar até o telefone. Ela conseguiu ligar
primeiro para o marido e, em seguida, para o serviço de emergência. Também foi
capaz de destrancar a porta da frente antes de desmaiar, pouco antes da
chegada dos socorristas.
"O corpo de bombeiros ganhou um prêmio pela rapidez com
que me levaram ao hospital. Acho que em menos de 13 minutos, o que foi um tempo
recorde", contou.
No hospital, a equipe médica silenciou ao ver a primeira
imagem do coração de Jenna. Seu cardiologista, visivelmente emocionado,
falou que, em 20 anos de carreira e mais de 4 mil cirurgias, nunca tinha visto
algo do tipo. "Eu nem sabia que alguém podia sobreviver a isso",
comentou ele.
Os médicos colocaram uma pequena bomba dentro do coração
de Jenna para ajudar na circulação do sangue. Também colocaram um stent — um
tipo de tubo que mantém a artéria aberta — em sua artéria principal.