Chauvin é acusado de homicídio em segundo grau por ter se ajoelhado no pescoço de Floyd por quase nove minutos
Jornal de Brasília - A fiança para o
ex-policial Derek Chauvin, acusado de matar o afro-americano George Floyd há
duas semanas, foi fixada nesta segunda-feira, 8, em US$ 1,2 milhão. Chauvin
compareceu pela primeira vez ao tribunal na quinta-feira 4.
Após uma breve audiência
de videoconferência da prisão onde o policial está detido, a juíza Jeannice
Reding, do condado de Hennepin, Minneapolis, agendou o próximo comparecimento
de Chauvin para o dia 29 de junho.
Chauvin é acusado de
homicídio em segundo grau por ter se ajoelhado no pescoço de Floyd por quase
nove minutos durante uma abordagem policial no dia 25 de maio por uma denúncia
de suposto uso de uma nota falsa. A fiança foi aumentada em US$ 250 mil nesta
segunda após o procurador assistente de Minnesota Matthew Frank argumentar que
“a gravidade das acusações” e a comoção pública tornariam mais provável uma
tentativa de sair da prisão.
Atualmente detido na
prisão estadual de segurança máxima de Minnesota, o ex-agente de 44 anos foi
filmado pressionando o joelho contra o pescoço de Floyd até que a vítima
parasse de respirar.
A morte de Floyd
desencadeou uma série de protestos antirracismo e contra a violência policial
em todo o país, que já duram duas semanas. As manifestações também se
espalharam para outros países. Também teve início uma onda de críticas contra o
governo de Donald Trump, por sua estratégia de mão dura para encarar a crise.
Congresso
Parlamentares democratas
se ajoelharam nesta segunda-feira, 8, no Congresso dos EUA para prestar 8:46
minutos de silêncio em homenagem a Floyd e outros negros americanos “que
perderam a vida injustamente” pela violência de policiais brancos, antes de
apresentar uma proposta de reforma orgânica da Polícia.
A presidente democrata do
Congresso, Nancy Pelosi, o líder da minoria de seu partido no Senado, Chuck
Schumer, e outros 20 parlamentares opositores, incluindo vários representantes
negros, se reuniram no “Salão da Emancipação”, assim nomeado em homenagem aos
escravos que trabalharam na construção da sede legislativa em Washington, o
Capitólio, no século 18.
A duração da homenagem não foi casual. Este foi o tempo que um policial branco passou com seus joelhos apoiados no pescoço de Floyd.
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