Presidente Jair Bolsonaro
define valor da nova parcela até sexta-feira
Ministro da Economia, Paulo Guedes, ao lado do presidente Jair Bolsonaro Imagem: Adriano Machado |
O presidente Jair
Bolsonaro deve definir até sexta-feira por qual valor irá prorrogar o auxílio
emergencial l, atualmente em R$ 600, e em quantas parcelas adicionais. A equipe
econômica insiste em um valor menor, o que vai exigir um acordo com o
Congresso. Já os lideres dos partidos defendem mais uma parcela de R$ 600 e
duas de R$ 300.
Não sabemos ainda o valor,
mas será abaixo de 600 e passará pelo Congresso, disse um técnico envolvido nas discussões. A ideia seria
prorrogar benefício no valor de R$ 200 ou R$ 300 até o fim do ano a fim de
construir uma transição para o Renda Brasil, que vai substituir o Bolsa
Família.
Segundo fontes da equipe
econômica, o governo avalia fazer a prorrogação do benefício por meio de medida
provisória. Caso esta seja a solução adotada, as características do programa,
como o valor do benefício, por exemplo, podem ser alteradas no Congresso.
Impacto Social: Auxílio
emergencial foi a única renda da população mais pobre, mostra FGV
O deputado Orlando Silva
(PCdoB-SP) disse que se o governo enviar uma proposta reduzindo o valor do auxílio
emergencial, o Congresso vai restabelecer o valor original de R$ 600.
- Eu duvido que o
presidente tenha coragem de reduzir o valor do auxílio porque está surfando na
onda – disse Silva, ao se referir aos efeitos positivos da concessão do
benefício na popularidade do presidente Jair Bolsonaro.
- Agora se fizer, nós
vamos subir o valor. Não vamos assumir esse ônus. Quem tem que pagar a conta é
o governo com dinheiro público. A prorrogação é necessária porque o pico da
pandemia ainda não passou – disse Silva, lembrando que os partidos da oposição
estão alinhados nesse sentido.
O auxílio emergencial de
R$ 600 foi criado por lei de iniciativa do Congresso em abril para ajudar
trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais,
desempregados, além das famílias que recebem o Bolsa Família a atravessarem a
crise na economia causada pela pandemia do coronavírus.
Inicialmente, o benefício
seria pago por três meses, mas diante das incertezas, o governo prorrogou o
auxílio por mais dois meses. A última parcela será paga em agosto.
Apesar de o orçamento de
Guerra permitir despesas fora do teto do gasto público para enfrentar a
pandemia, o custo elevado do auxílio, que já beneficiou 65 milhões de pessoas,
preocupa a equipe econômica. Segundo dados do Tesouro Nacional, o gasto previsto
até agora soma R$ 254,4 bilhões, sendo que já foram desembolsados R$ 182,87
bilhões.
Com informações Jornal O
Globo.
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