Suspeito entrou em um batalhão da Polícia Militar armado com uma faca e
teria partido para cima dos agentes
Swammy Hwygen Araújo de Oliveira, 31, era esquizofrênico
Policiais militares mataram um
homem de 31 anos dentro de um batalhão no Capão Redondo, na Zona Sul de São
Paulo, na tarde da última sexta-feira (17/11).
Familiares e amigos de Swammy
Hwygen Araújo de Oliveira disseram que ele era esquizofrênico e se aposentara
havia seis meses. Poeta, gostava de fazer festas para crianças da periferia e
participava de movimentos sociais.
Oliveira, segundo a SSP (Secretaria
da Segurança Pública), entrou no 37° batalhão armado com uma faca. Ele teria
partido em direção aos policiais militares que estavam no prédio, que reagiram
e atiram contra ele.
Durante a ação, um policial militar
teria sofrido um ferimento no pescoço. A secretaria, chefiada por Guilherme
Derrite, não especificou como o PM se machucou.
Os dois feridos, o PM e Oliveira,
foram levados ao Hospital Municipal do Campo Limpo. Oliveira, porém, não
resistiu aos ferimentos.
A faca utilizada por Oliveira e
duas armas utilizadas por PMs na ação foram apreendidas.
Familiares da vítima
Familiares de Oliveira, que pediram
para não ser identificados, afirmaram que ele tomava medicamentos para evitar
surtos, que esporadicamente podiam ocorrer.
Ainda segundo eles, Oliveira tinha
depressão e não andava com facas.
Na visão deles, houve excesso de
violência por parte dos policiais militares, que teriam disparado ao menos seis
vezes contra a vítima. Os parentes questionam por que os PMs não atiraram na
perna, por exemplo.
Até a a publicação deste texto,
eles ainda não tinham obtido o boletim de ocorrência com a versão do que teria
ocorrido no prédio da PM.
Os familiares também se queixaram
da dificuldade em localizar o corpo de Oliveira. No hospital, funcionários
teriam dito que Oliveira tinha sido encaminhado para o prédio do IML (Instituto
Médico-Legal) na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, na zona sul. Mas o
imóvel passa por reformas e está fechado.
De acordo com a família, o corpo
foi encontrado no IML ao lado da Ceagesp, na zona oeste, na noite de sábado
(18/11), isso após a ida a outros dois pontos. O corpo foi reconhecido por
familiares na manhã deste domingo (19/11).
Oliveira teve um velório de apenas
uma hora.
O caso foi registrado n o DHPP
(Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) como resistência e morte
decorrente de intervenção policial.
A Polícia Militar também abriu um
procedimento para apurar as circunstâncias do caso.
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