Agenor protagonizou uma batalha contra o Ibama pela guarda do animal silvestre
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Agenor Tupinambá e capivara Filó Crédito: Reprodução |
Agenor Tupinambá viralizou nas redes sociais, dividindo
opiniões ao compartilhar com o público sua relação com uma capivara chamada
Filó. Após expor o animal silvestre como o seu “pet”, tomando banho,
acariciando e até beijando, Filó foi apreendida em 2023 pelo Ibama, por
alegações de maus-tratos e exploração animal.
Após grande repercussão nacional, a capivara foi devolvida a
Agenor, sob algumas condições e segue com influenciador que hoje acumula 1,7
milhões de seguidores apenas no Instagram e outros 1,8 milhões no Tik Tok.
Hoje, Tupinambá mora em um sítio no interior do Amazonas, em
Autazes, onde Filó tem espaço para viver sua liberdade animal. Ele trancou o
curso de agronomia e passou a viver com o que ganha na internet e levou junto
Filó, grande sensação da internet.
Mesmo com a decisão doa “guarda” ainda válida, o Ibama
informou à BBC que espera recurso e que o animal ainda pode voltar a ser
apreendido para que seja triado, avaliado e reabilitado a viver na natureza.
"Pelo resto da vida eu vou ser conhecido como o Agenor
da Filó, da capivara. Não tem como desvincular isso", disse ele, em
entrevista à BBC News Brasil.
Como vive Agenor hoje?
Após a repercussão do caso, chegando a sites de fofocas e
muito comentado nas redes sociais, Tupinambá vive como influenciadora digital e
até tem contrato com sites de apostas, as chamadas bets.
Ele “cria” Filó em uma casa própria próxima aos pais, e diz
que pretende buscar uma nova formação no futuro, talvez em publicidade ou
administração.
"A internet me abriu portas. Parei meus estudos, mas
pretendo fazer cursos, outras coisas. Morava com meus pais na época. Aí comecei
um relacionamento. A gente está casado e comprou uma casa no interior, perto
dos meus pais. Hoje moramos sozinhos na casa”, contou à BBC.
Na entrevista recente, o influencer reconheceu que cometeu
erros na forma como exibia o animal silvestre em suas redes. "A Filó fazia
parte do meu dia a dia. Eu não via problema em postar ela. Eu já postava o que
fazia no interior. Meu maior erro foi ter colocado uma roupa nela e tirado
foto. Foi isso que eles consideraram maus tratos. Colocar uma roupa... Isso eu
reconheço que eu errei”, ressaltou.
Ele criticou, porém, a falta de aviso do Ibama.."Teria
formas de eles terem abordado, de a gente ter conversado. Mas a maneira como
abordaram tudo foi muito... não teve aviso, só chegaram na faculdade (UFAM)
atrás de mim. Não teve orientações para que eu não postasse."
Na época que o bicho foi apreendido, ele negou que fazia
algum dinheiro através das redes. Segundo ele, o trabalho de influencer veio
depois. "No processo falavam que eu ganhava dinheiro postando os vídeos com
a Filó. Consegui provar que nenhuma das minhas redes sociais era monetizada.
Nada, nada, nada. Nunca ganhei nada em cima dela, do que eu postava com ela.
Depois, meses depois que tudo aconteceu, foi aí que comecei a trabalhar com a
internet."
Com o dobro de seguidores da época, hoje ele compartilha sua
vida no interior, em um ambiente rural, aparece pescando, com bois, em passeios
de barco - e a capivara aparece de vez em quando à pedidos dos fãs. Na
"bio" do Instagram, ele se diz “pai da caps Filó”.
Fonte: Correio 24 horas