Segundo a polícia, a mãe da vítima não quis prestar queixa contra as agressoras. A Polícia Civil afirma que vai investigar o caso por se tratar de uma menor.
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Adolescente tem o cabelo cortado por suposto furto em Águas Lindas, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil |
Tia, prima e irmã cortaram o cabelo de uma menina no meio da
rua em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Em vídeos
divulgados nas redes sociais, a garota aparece sendo segurada enquanto tem seu
cabelo cortado. Segundo a delegada Tamires Teixeira, a Polícia Militar foi
acionada e conduziu vítima e sua mãe para a delegacia.
Segundo a delegada, o caso aconteceu na segunda (14), por
volta das 14h. As envolvidas não tiveram os nomes divulgados.
As imagens que circulam pela internet mostram quatro jovens
em uma calçada, enquanto uma delas grita com a cabeça abaixada e outras três a
seguram.
“Vai ficar careca para deixar de ser safada!”, grita uma
delas.
Em algumas imagens usadas pela polícia para a investigação,
também é possível ver que a vítima foi atingida por tapas e jogada no chão
pelas agressoras.
De acordo com o relato da Polícia Militar anexado ao Boletim de Ocorrência, as agressoras foram reconhecidas como tia, irmã e prima da vítima. Segundo a delegada, a tia é a única com mais de 18 anos.
Motivação
Segundo o boletim, a vítima passou uns dias na casa da tia,
que a acusou de ter de ter furtado alguns pertences. “Cadê minha roupa?”, uma
delas grita enquanto segura a vítima no muro da casa.
Ainda de acordo com o documento, quando a Polícia Militar
chegou ao local, a tia e a prima da vítima não estavam mais no local. A menor
estava acompanhada da mãe e da irmã, que teria participado da agressão.
Investigação
Segundo a delegada Tamires Teixeira, da Delegacia
Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Águas Lindas, a vítima e sua
mãe foram conduzidas à delegacia. A mãe disse que não tinha interesse em
representar criminalmente contra as mulheres, informou a delegada.
Entretanto, em razão da gravidade do caso, a delegada disse
que a Polícia Civil deve fazer uma apuração para entender o que de fato
aconteceu, já que nenhuma das suspeitas foi ouvida.
“Como essa situação repercutiu muito e se trata de uma menor,
nós vamos apurar melhor e verificar a situação dessa vítima porque ela também
precisa ser ouvida”, disse a delegada.