Mulher se sentiu mal a bordo de voo de longa distância, desmaiou e não respondeu às tentativas de socorro
Um casal australiano que ia para Veneza, na Itália, relatou a
experiência angustiante de viajar por horas ao lado do corpo de uma passageira
que morreu em pleno voo de longa distância, entre Melbourne, na Austrália, e
Doha, no Qatar, onde fariam uma escala. A vítima desmaiou repentinamente no
corredor após usar o banheiro. A tripulação tentou reanimá-la, sem sucesso. A
falecida foi colocada em uma poltrona ao lado do casal, coberta com mantas,
para as 4 horas restantes de voo, no último sábado (22) em uma aeronave da
Qatar Airways.
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Mitchell Ring e sua esposa Jennifer Colin viram tudo de perto
e deram declarações ao programa de notícias australiano A
Current Affair . A experiência foi particularmente traumática
para a Sra. Colin, que se considera muito sensível.
“Quando meu marido se virou e disse, ‘mova-se, mova-se’,
fiquei bem chocada e disse, ‘eles vão colocá-la lá?’”, ela revelou. Felizmente,
um passageiro compassivo com um assento extra em outra fileira convidou a Sra.
Colin para sentar-se com ela depois que o casal alegou que a tripulação de
cabine não havia oferecido a eles um assento alternativo longe do corpo.
O transporte de caixões com pessoas mortas em voos comerciais
não chega a ser um fato raro. Mas quando alguém morre a bordo, o comandante
precisa tomar uma série de decisões, como evitar por em risco a segurança dos
passageiros. Aos tripulantes, restam soluções delicadas e sensíveis, como onde
colocar o corpo.
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“O passageiro que morreu pode ser preservado em seu lugar,
sendo coberto por um lençol e amarrado ao banco. Nesse momento, se houver
espaço a bordo, os passageiros próximos são levados para outros assentos, para
manter o local isolado. Caso isso não seja possível, ele é retirado de seu
assento e levado a outro lugar de maneira discreta, dentro do possível. Isso
inclui, por exemplo, ficar na área reservada aos comissários. Todos esses
passos são informados ao piloto, que mantém comunicação constante com equipes
em solo enquanto a tripulação busca a melhor alternativa para o ocorrido”,
narra o jornalista Alexandre Saconi, da coluna “Todos a Bordo”.
Quando a morte é confirmada, o que só pode ser feito por um
médico que se voluntarie a realizar o atendimento a bordo, toda a tripulação
tem uma série de procedimentos que precisam ser realizados. Se não houver
nenhum médico, os profissionais são orientados a manter as manobras de
emergência em algumas situações até que o pouso seja realizado.
Apesar dos esforços da tripulação da Qatar Airways, a mulher
que desmaiou não pôde ser reanimada. A tripulação, notando assentos vagos ao
lado do casal, solicitou que eles se movessem para dar lugar à falecida.
O casal reservou o voo pela Qantas, que disse que também
entraria em contato. Um porta-voz da Qantas disse: “A Sra. Colin reservou
passagens pela Qantas e viajou com a Qatar Airways, uma transportadora parceira
da Oneworld Alliance. O processo para lidar com incidentes a bordo de uma
aeronave como essa é gerenciado pela companhia aérea operadora, que neste caso
foi a Qatar Airways.” Não há
Um porta-voz da Qatar Airways disse: “Em primeiro lugar,
nossos pensamentos estão com a família do passageiro que infelizmente faleceu a
bordo do nosso voo.
“Pedimos desculpas por qualquer inconveniente ou sofrimento que este incidente possa ter causado e estamos entrando em contato com os passageiros de acordo com nossas políticas e procedimentos.”
Créditos: R7