Contas e cobranças poderão ser pagas apontando a câmera do celular para código específico, inserido na fatura
Contas e cobranças poderão ser pagas por meio do Pix, com um
QR Code no próprio boleto. A medida, que faz parte de resolução com regras
definidas pelo BC (Banco Central), começa a vigorar nesta segunda-feira (3).
Antes, os boletos só podiam ser pagos por código de barras.
De forma experimental, segundo a autoridade monetária,
algumas instituições já oferecem a possibilidade de pagar boleto utilizando QR
Code.
A resolução também cria o boleto dinâmico, uma modalidade de
cobrança que será utilizada na negociação de títulos representativos de dívidas
entre empresas. Mas esse sistema está em processo de implementação, sem data
definida para começar.
“A possibilidade de pagamento do boleto por meio do Pix e a
criação do boleto dinâmico têm como objetivo modernizar esse instrumento de
pagamento, trazendo mais conveniência e segurança tanto para o pagador quanto
para o recebedor dos recursos”, afirma, em nota, Ricardo Vieira Barroso, chefe
de divisão no Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC.
Segundo ele, essa nova modalidade será muito importante,
principalmente para pagamento de dívidas entre empresas, em que o devedor terá
a segurança de que os recursos pagos serão direcionados automática e
corretamente para o credor.
Como pagar boleto por Pix
Com Copia e Cola:
1. Copiar o código do Pix Copia e Cola
gerado pela empresa
2. Abrir o app do banco ou instituição
financeira
3. Acessar a área do Pix
4. Selecionar a opção “Pagar”
5. Escolher a opção “Pix Copia e Cola”
6. Colar o código gerado pela empresa
7. Confirmar as informações e informar a
senha
Com QR Code:
1. Ler o QR Code do boleto com a câmera
do celular
2. Digitar o valor do pagamento
3. Inserir a senha de 6 dígitos e clicar
em “Confirma”
Outras novidades
Além dessas medidas, o Banco Central terá outras
novidades ligadas ao Pix neste ano, como a ampliação do Pix por aproximação.
Veja a seguir as mudanças do sistema de pagamento instantâneo:
Pix por aproximação
- Já
em funcionamento em algumas instituições, a partir de 28 de
fevereiro será ampliado, com as novas regras para o sistema Open
Finance.
- O
cliente aproxima seu celular do dispositivo do recebedor (a “maquininha”)
para que a transação possa ser realizada via Pix, de forma semelhante ao
que já ocorre com os cartões de pagamento, usando a tecnologia NFC (Near
Field Communication).
- O
Pix por aproximação pode ser feito por meio de uma carteira digital ou
pelo aplicativo da instituição de relacionamento do cliente.
Pix Automático
- Começa
a funcionar em 16 de junho de 2025.
- Na
prática, a nova forma de pagamento será semelhante ao débito automático,
que pode ser autorizado nas contas bancárias, com a diferença de que
poderá ser feito por Pix.
- O
Pix automático poderá ser usado para fazer pagamentos, como contas de
água, luz, telefone, condomínio, escola, plano de saúde etc.
- A
pessoa só precisa dar autorização prévia para o início das cobranças.
Depois, os débitos serão feitos automaticamente.
- A
principal vantagem em relação ao débito automático, conforme a autoridade
monetária, além da instantaneidade nas transações, será a não cobrança de
tarifas, no caso de pessoas físicas.
Agenda futura do Pix
- QR
Code gerado pelo pagador
- Pix
Garantido
- Ferramenta
para consulta de transações liquidadas no SPI (Sistema de Pagamento
Instantâneo)
- Plataforma
Centralizada (Cobrança Centralizada de Pix Cobrança Contratos
Inteligentes; Duplicata no Pix)
- Pix
Internacional
- API
de Pagamentos (sistema de comunicação entre instituições financeiras e
sites de vendas)
- Novas
formas de iniciação do Pix (NFC; Bluetooth; RFID; Reconhecimento facial)
- Regras
para split de pagamentos (separação dos pagamentos, de forma automatizada)
Histórico do Pix
O Pix já é o meio de pagamento mais utilizado entre os
brasileiros. Lançado oficialmente em novembro de 2020, o serviço de pagamento
instantâneo criado pelo Banco Central é usado por 76,4% da população. Em
seguida, vêm o cartão de débito (69,1%) e o dinheiro (68,9%). Os dados estão na
pesquisa O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, publicada pelo
BC.
Fonte: R7