Animal está estável, alerta e consciente; Polícia Civil aguarda exames de DNA para concluir a investigação
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Fotos: Saul Schramm/GOV MS |
A onça-pintada que foi capturada após devorar o caseiro Jorge
Ávalo, de 60 anos, está estável, alerta e consciente, segundo boletim
veterinário divulgado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, na manhã desta
quarta-feira (7).
De acordo com o boletim, o animal está mais ativo no período
noturno, o que é comum para os felinos. A onça continua no CRAS (Centro de
Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande.
Um vídeo gravado no Centro de Reabilitação mostra como a onça
está. Veja abaixo:
Relembre o caso
O caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, foi at@cado e morto por
uma onça-pintada na região de mata de Touro Morto (MS), a cerca de 230 km de
Campo Grande. Ele foi morto na segunda-feira (21) e seu corpo foi localizado no
dia seguinte.
Jorge foi at@cado enquanto tentava coletar mel em um deck
próximo da mata. Moradores da região relatam que o ataque foi repentino e que
um homem que localizou a vítima encontrou marcas de s@ngue e vestígios da
presença do animal.
Os restos mortais da vítima foram encontrados seguindo as
trilhas deixadas pelo animal na mata. O corpo era arrastado pela onça por mais
de 50 metros quando os agentes chegaram ao local.
O felino só teria recuado após se assustar com disparos de
arma. O caso permanece sob investigação e, segundo as autoridades, são
consideradas hipóteses como escassez de alimento, comportamento defensivo,
período reprodutivo do animal ou alguma atitude involuntária da vítima para a
motivação do ataque.
A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, pela 1ª Delegacia de
Aquidauana, aguarda exames de DNA para concluir a investigação sobre a morte de
Jorge Ávalo.
No começo da investigação que apurava o desaparecimento do
caseiro, agentes encontraram apenas um “material biológico coagulado”,
compatível com s@ngue, na região de mata.
Dias depois, a polícia encontrou restos mortais e parte do
corpo, que foram recolhidos no local foram encaminhados ao Núcleo Regional de
Medicina Legal de Aquidauana para exames necroscópico e de DNA. Os exames
necroscópicos levaram a confirmação da identidade de Jorge.
Nas fezes do felino, agentes encontraram ossos e cabelo
aparentemente humano, disse delegado Luis Fernando Domingos Mesquita,
responsável pelas investigações, em entrevista à CNN.
O material foi coletado, os restos mortais extraídos e
levados para o Instituto de Perícia para análise. Os peritos esperam cruzar a
mostra com os restos mortais encontrados na mata e com o sangue coagulado
também coletado. Os resultados devem confirmar que o animal dev*rou Jorginho,
como era conhecido na região.